Higiene íntima

Ação na praia de Boa Viagem alerta para cuidados da saúde da mulher

Publicado em: 14/03/2019 11:03 | Atualizado em: 14/03/2019 12:26

No domingo (17), a partir das 9h, médicos prestam orientações, tirando dúvidas e distribuindo panfletos explicativos. Foto: Guilherme Veríssimo/Esp. DP/D.A Press

No verão, é comum vermos alerta de cuidados com várias partes do corpo, menos com a higiene íntima. Para falar sobre o tema, um grupo de médicas ginecologistas da clínica Ísis Medicina Feminina estará, neste domingo (17), na praia de Boa Viagem, a partir das 9h, prestando orientações, tirando dúvidas e distribuindo panfletos explicativos. O ponto de encontro será no quiosque em frente ao Edifício Acaiaca. A ação conta com o apoio do Hospital Esperança e da Rede D'Or São Luiz.

Entre os principais cuidados que as mulheres devem ter, as roupas merecem atenção. Não é recomendado ficar com o biquíni ou maiô molhado por muito tempo, pois a umidade aumenta os riscos de contrair fungos e candidíase, uma infecção causada pelo fungo Candida albicans, que provoca coceira, secreção e inflamação na região. Permanecer com peças de roupas molhadas aumenta a temperatura vaginal, altera o pH da região genital e favorece o ambiente para aumento de bactérias, fungos e protozoários considerados maléficos para a saúde feminina. 

No dia a dia, deve-se optar por roupas mais leves e calcinhas de algodão, que facilitam a transpiração. "Recife já é uma cidade quente e úmida e se puder usar roupas mais leves e mais arejadas, é sempre melhor", alerta a ginecologista Simone Carvalho, coordenadora da clínica Ísis e do serviço de ginecologia e obstetrícia do Hospital Esperança.

Outro cuidado é não tomar banho excessivamente. A dica pode parecer estranha, há uam explicação. "Temos uma flora vaginal que nos protege. Obviamente, temos que tomar banho. Mas o uso excessivo de sabonetes antibacterianos pode reduzir essa proteção natural. Mesmo os sabonetes específicos para a região íntima não devem ser usados todos os dias, apenas de duas a três vezes por semana, pois, se utilizados excessivamente, podem alterar o PH da flora vaginal e favorecer a ocorrência de infecções", explica Simone.

De acordo com a médica, a proteção natural é essencial para a mulher. "É preciso que haja uma quantidade adequada dessas bactérias para evitar infecções genitais. Alguns comportamentos fazem com que haja o desequilíbrio da flora", informa a ginecologista.

Durante o período da menstruação, é recomendado que o absorvente seja trocado a cada quatro horas. Outra dica é evitar os absorventes perfumados, que favorecem o surgimento de alergias. "Quem já usa e não tem problemas, pode prosseguir. Mas não há como prever se a mulher terá alergia ou não", explica Simone.

As doenças que mais atingem as mulheres são candidíase, tricomoníase e vaginose bacteriana. Os sintomas são bem parecidos e, por isso, é importante procurar atendimento médico se notar alguma coisa diferente.

Entre os sintomas da candidíase estão ardor, coceira e inchaço na região genital, fissuras que lembram assaduras na mucosa genital e corrimento esbranquiçado. A doença também pode atingir os homens, que normalmente têm uma secreção semelhante à nata na ponta do pênis.

A vaginose bacteriana é uma infecção que leva ao desequilíbrio da flora vaginal, fazendo com que a concentração de determinadas bactérias aumente. Os sintomas são odor forte e aumento da secreção vaginal, que pode ser branca ou acinzentada.

Já a tricomoníase é uma doença sexualmente transmissível, provocada pelo protozoário Trichomonas vaginalis. Nas mulheres, ataca o colo do útero, a vagina e a uretra, e nos homens, o pênis. Os principais sintomas são dor durante a relação sexual, ardência e dificuldade para urinar e coceira nos órgãos sexuais.
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