Ancestralidade

Arsenal foi palco de prévia de desfile de caboclinhos e tribos de índios

Publicado em: 27/02/2019 21:09 | Atualizado em: 27/02/2019 21:16

Foto: Peu Ricardo/DP.
Quem frequentou a Praça do Arsenal nesta quarta (27) que antecede a Folia de Momo pôde degustar o banquete de cultura será servido no Recife durante os quatro dias de Carnaval nos 54 polos da cidade. Dezoito grupos de caboclinhos e tribos de índios se apresentaram no palco montado em frente à Torre Malakoff e depois seguiram desfilando pelas ruas do Bairro do Recife até a Rua da Moeda celebrando a ancestralidade indígena do povo pernambucano.

Uma das agremiações foi o Caboclinhos Carijós do Recife, do bairro da Mangabeira, Zona Norte da cidade. Criado em 1897, é um dos grupos mais antigos de caboclinhos. Em 2017, foi homenageado do Carnaval do Recife e, ano passado, foi bicampeão do Concurso de Caboclinhos e Tribos de Índio na categoria do Grupo Especial. Este ano, além do desfile na Avenida Nossa Senhora do Carmo, a agremiação também se apresenta à tarde, no bairro de Chão de Estrelas, no Domingo de Carnaval. 

“Essa tradição representa a parte indígena do nosso país, quando levamos a jurema sagrada para o Carnaval, para que possamos ir às ruas com paz. Também é uma maneira de levarmos o caboclo, carijós e orixás para se misturar à brincadeira e fazer as pessoas conhecerem um pouco da nossa história”, orgulhou-se o porta-estandarte do Carijós do Recife, Felipe Tavares, 26 anos. 

Com apenas oito anos de existência, o Caboclinho Tainá, da comunidade Alto do Capitão, bairro de Dois Unidos, Zona Norte do Recife, foi outro que se apresentou no palco da Praça do Arsenal e desfila na Terça-Feira Gorda no Grupo Especial. “Nesses oitos anos, já ganhamos sete prêmios em diversas categorias. E nós conseguimos dar continuidade ao grupo, que hoje tem 98 componentes, graças à dedicação e o amor de todos”, disse a fundadora da agremiação, Xuxa da Cultura, 43 anos.
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