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Quadrilha que lidera tráfico de drogas em Ipojuca tortura cinco adolescentes

Segundo a Polícia Civil, os acusados confessaram a prática dos crimes. Uma das jovens morreu após o espancamento

Publicado em: 22/01/2019 12:25 | Atualizado em: 22/01/2019 12:34

Na foto, os delegados Francisco Júnior e Roberto Ferreira.
Foto: Divulgação/Polícia Civil. (Na foto, os delegados Francisco Júnior e Roberto Ferreira.
Foto: Divulgação/Polícia Civil.)
Na foto, os delegados Francisco Júnior e Roberto Ferreira. Foto: Divulgação/Polícia Civil. (Na foto, os delegados Francisco Júnior e Roberto Ferreira. Foto: Divulgação/Polícia Civil.)

Membros da organização criminosa denominada "Trem Bala", responsável pelo tráfico de drogas no município de Ipojuca, Litoral Sul de Pernambuco, são suspeitos de torturar cinco adolescentes. Uma delas morreu depois de receber pancadas na cabeça. O crime aconteceu no dia 29 de junho de 2018. A Polícia Civil divulgou na manhã de hoje (22), os detalhes sobre o caso e as prisões dos acusados, todos menores de 20 anos.

A principal linha de investigação é de que a quadrilha se vingou das adolescentes, que teriam praticado roubos na área em que o grupo exercia domínio. Segundo a Polícia Civil, os acusados confessaram em depoimento realizando na delegacia de Ipojuca, que a quadrilha não tolera que outras pessoas pratiquem crimes naquela localidade e que, por isso, torturou as jovens.

Os suspeitos de praticar as torturas são outros sete jovens na faixa etária entre 16 a 17 anos. Todos foram apreendidos. Os líderes da organização criminosa, identificados como Jackson José Inácio, de 20 anos, foi apontado como responsável pelo sequestro das jovens e já está recolhido no sistema prisional. Rivaldo Roverlan Araújo da Silva, 18, também está preso e é investigado por dois homicídios. Tiago Mateus de Lima, 20, e Gabriel de Moura Silva, 22, estão foragidos.

De acordo com o delegado Roberto Ferreira, responsável pela 15° Delegacia de Homicídios, o grupo sequestrou as adolescentes e praticou os crimes em uma área de mangue na comunidade de Nossa Senhora do Ó, em uma região conhecida como Espinheiro. "Elas sofreram tortura para informar os locais onde estavam os objetos furtados. Como eles não conseguiram que ela confessasse, uma delas acusada de ser a líder foi morta após tortura", comentou.

Em uma situação de extrema violência, as jovens foram espancadas, tiveram as mãos amarradas, cabelos e sobrancelhas raspadas. Um dos adolescentes admitiu que deu com barrote na cabeça de uma das vítimas, chegando a amarrar com uma corda no pescoço ameaçando um enforcamento. A menina morreu no local e teve o corpo levado em um carro de mão até o Hospital Carozita Barros, em Ipojuca.
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