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Aventura

Pessoas com deficiência voam pela primeira vez de parapente neste fim de semana

Projeto Não consigo andar, mas posso voar aconteceu pela primeira vez no ano passado

Publicado em: 18/01/2019 07:06 | Atualizado em: 18/01/2019 08:34

Voos acontecem na Praia do Sol, na Paraíba, e duram, cada um, vinte minutos. Foto: Cláudio Cardoso
Sessenta pessoas cadeirantes de três estados nordestinos vão realizar o
sonho de voar neste final de semana. A aventura acontece em um lugar de
nome convidativo: a Praia do Sol, na Paraíba, a 120 quilômetros do
Recife. Essa é a segunda edição do projeto Não consigo andar, mas posso
voar, idealizado pelo piloto-instrutor de parapente Cláudio Cardoso, um carioca
que mora em Pernambuco e acumula uma experiência de 19 anos de voo. Este
ano, 120 pessoas se inscreveram para participar, mas foram disponibilizadas
apenas 60 vagas.

O evento acontece em janeiro por conta da direção e da intensidade
dos ventos, segundo Cláudio. A rampa da Praia do Sol também é escolhida
porque possibilita decolar e pousar de parapente no mesmo lugar. No
ano passado, 50 cadeirantes voaram. Participam pessoas de Pernambuco (30),
Rio Grande do Norte (10) e Paraíba (20).

Os voos são gratuitos e o transporte até a praia, além do lanche e água, também são ofertados pelos organizadores do passeio. “Sou piloto-instrutor e faço voos duplos, ou seja, levo passageiros para voar. Um dia, estava na rampa da Praia do Sol quando apareceu um cadeirante me dizendo que o sonho dele era voar. Levei a pessoa de graça e tenho certeza que a minha emoção foi maior que a dela. Percebi que fiz a diferença na vida de alguém naquele dia”, disse Cláudio.

As inscrições foram abertas na semana passada e logo foram encerradas. Como a procura foi muito grande, Cláudio precisou fazer uma triagem. “Primeiro, eliminamos quem já tinha voado, para oferecermos a experiência a quem nunca tinha voado. Depois, selecionamos os candidatos pela ordem de inscrição. Em terceiro lugar, verificamos se o interessado tinha alguma patologia que lhe impedia de voar”, explicou Cláudio. Cada voo dura 20
minutos. A depender do vento, o voo alcança 200 metros de altura.

Na inscrição, alguns critérios são observados para não por em risco os interessados na aventura. O voo não é indicado para quem tem problemas cardíacos – por conta das fortes emoções; para quem não consegue dobrar a coluna, ou seja, sentar; ou para pessoas muito leves – com menos de 40 quilos. “Essas condições, no entanto, não são excludentes. Cada caso é avaliado”, explicou Cardoso. As atividades de voo vão acontecer das 8h30 até
às 15h30, no sábado e no domingo. Ao todo, nove pilotos-instrutores e 15 pilotos de apoio vão participar do projeto. Os contatos de Cláudio Cardoso são 99244.5064 e o insta  é o @claudiocloudd.
 
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