Janeiro Roxo

Campanha busca prevenir hanseníase no Sertão de Pernambuco

A detecção precoce diminui os riscos de deformidades e incapacidades físicas entre os pacientes

Publicado em: 16/01/2019 10:58 | Atualizado em: 16/01/2019 14:40

A enfermidade, crônica e infecciosa, é causada por uma bactéria que se multiplica lentamente. Foto: Teresa Maia/DP.
Uma das doenças mais antigas de que se há registro, a hanseníase ainda é um sério problema de saúde pública no Brasil, que identificou 25,2 mil casos da patologia em 2016, número equivalente a 11,6% do total global de novas ocorrências. A enfermidade, crônica e infecciosa, é causada por uma bactéria que se multiplica lentamente, ao longo de num período que varia de nove meses a 20 anos, com média de cinco anos. A patologia afeta sobretudo a pele, os nervos periféricos e os olhos. A detecção precoce diminui os riscos de deformidades e incapacidades físicas entre os pacientes.  

Ao longo deste mês é comemorado o Janeiro Roxo, campanha para prevenir e combater a enfermidade, com programação realizada por órgãos de saúde e ONGs. Em Serra Talhada, no Sertão de Pernambuco, começa na segunda-feira uma série de atividades que incluem panfletagem e orientação no Pátio da Feira, às 8h, além de palestras e busca ativa para diagnóstico da doença atividades na Unidade de Saúde da Família do Bairro Mutirão, no horário das 8h às 12h.

A campanha terá sequência com palestras, orientação e busca durante todo o mês de janeiro nas Unidades de Saúde da Família do município. O Dia D Roxo será em 23 de janeiro, na Academia das Cidades do Ipsep, a partir das 18h30. O encerramento será no dia 28, no Centro Municipal de Saúde.

Antes conhecida como lepra, a partir da palavra grega para "escama", a hanseníase foi melhor compreendida a partir do século 19, com as pesquisas do norueguês Gerhard Armauer Hansen, que descobriu sua causa. Hoje, pode ser tratada com medicamentos gratuitos em todo o mundo, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU).

A doença é transmitida pelas vias áreas superiores (tosse ou espirro), por meio do convívio próximo e prolongado com uma pessoa doente sem tratamento. Mesmo assim, não é considerada muito contagiosa. A doença está presente em 24 dos 35 países das Américas. Em 2016, esses Estados registraram um total de 27.357 novos casos. Isso representa 12,6% da carga global e põe a região como a segunda em número de casos reportados, atrás apenas do Sudeste Asiático.
Lançada em 2016 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a Estratégia Global para a Hanseníase 2016-2020 está baseada em três pilares: fortalecer o controle, a coordenação e as parcerias do governo; combater a hanseníase e suas complicações; enfrentar a discriminação e promover a inclusão.

*Com informações da Prefeitura de Serra Talhada e ONU
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