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Aumento de passagem deve ser decidido nesta sexta

O último aumento de passagem ocorreu em janeiro de 2017

Publicado em: 23/01/2019 10:22 | Atualizado em: 23/01/2019 10:51

O MPPE está investigando possíveis irregularidades o funcionamento do Conselho Superior de Transporte Metropolitano (CSTM).
Foto: Esíodo Goes/ArquivoDP. (O MPPE está investigando possíveis irregularidades o funcionamento do Conselho Superior de Transporte Metropolitano (CSTM).
Foto: Esíodo Goes/ArquivoDP.)
O MPPE está investigando possíveis irregularidades o funcionamento do Conselho Superior de Transporte Metropolitano (CSTM). Foto: Esíodo Goes/ArquivoDP. (O MPPE está investigando possíveis irregularidades o funcionamento do Conselho Superior de Transporte Metropolitano (CSTM). Foto: Esíodo Goes/ArquivoDP.)
O Conselho Superior de Transporte Metropolitano irá votar sobre o aumento da tarifa de ônibus para a Região Metropolitana do Recife (RMR) na próxima sexta (25). A proposta do Grande Recife Consórcio de Transporte foi de 7,07%. Já o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Pernambuco (Urbana-PE) pede reajuste de 16%.

Se a proposta do Grande Recife for aprovada, o Anel A passará de R$ 3,20 para R$ 3,45; o B, de R$ 4,40 para R$ 4,70; e o G, de R$ 2,10 para R$ 2,25. Já o Anel D, cuja tarifa é R$ 3,45, deixará de existir e as quatro linhas que o compõem passarão a ter como tarifa o Anel A. O último aumento na tarifa de ônibus da RMR aconteceu em janeiro de 2017.

Para justificar o reajuste, o Grande Recife afirmou que outros custos impactam no valor da passagem. Entre esses custos estão o aumento do óleo diesel, o acordo coletivo da categoria, que foi de 7,07% e o custo do veículo-padrão (5,51%). O Consórcio promete que haverá renovação de 655 veículos que estão com a vida útil acima da idade estabelecida.

A Urbana justifica que esse aumento deve ser urgente para evitar um colapso dos serviços no Sistema de Transporte Público de Passageiros da Região Metropolitana. Segundo o Sindicato, o aumento tarifário considera os custos envolvidos no transporte e pretende "atenuar os impactos da redução da demanda ocorridos no setor". O órgão ainda comparou as tarifas praticadas em outros estados brasileiros, acrescentando que o Recife tem a menor passagem.

Reação
A Frente de Luta pelo Transporte Público (FLTP) repudiou a proposta de aumento. A justificativa da FLTP é que de 2015 a 2017, os aumentos na tarifa foram acima do índice de inflação. "Não há argumento que justifique qualquer proposta de aumento, ainda mais no primeiro dia de funcionamento do Conselho Superior de Transporte Metropolitano (CSTM), sem os conselheiros sequer terem tomado posse", afirmou o órgão em nota.

Desde o dia 16 desse mês, o Ministério Público do Estado de Pernambuco (MPPE), está investigando o funcionamento do Conselho Superior de Transporte Metropolitano (CSTM). Através do Promotor de Justiça e Defesa da Cidadania da Capital, Humberto Graça, o órgão pretende apurar a condução das eleições para conselheiros da sociedade civil no âmbito da 3ª Conferência Metropolitana de Transportes.

A ação civil pública responde a representação ajuizada à Promotoria pela sociedade civil "Articulação Recife pelo Transporte", no dia 05 de dezembro, sob assessoria do Centro Popular de Direitos Humanos (CPDH), denunciando vícios, irregularidades e ilegalidades na gestão do conselho e na realização da conferência, ocorrida no dia 06 de dezembro de 2018.
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