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Caso Serrambi

STJ inocenta, de vez, irmãos kombeiros, acusados pelas mortes de adolescentes em 2003

Tarsila Gusmão e Maria Eduarda Dourado tinham 16 anos, quando saíram para passear de lancha na Praia de Serrambi, e foram encontradas mortas dez dias depois

Publicado em: 18/12/2018 11:03 | Atualizado em: 18/12/2018 11:14

Imagem: Reprodução/Arquivo/DP

Os irmãos kombeiros Marcelo José de Lira, 49 anos, e Valfrido Lira da Silva, 50, foram inocentados definitivamente pela justiça da acusação das mortes das adolescentes Maria Eduarda Dourado e Tarsila Gusmão. O último recurso de apelação junto ao Suprior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília, foi julgado na semana passada, favorecendo os principais suspeitos de assassinar as duas estudantes em maio de 2003. Agora, não há mais recurso. Processo está transitado e julgado. 

O advogado Bruno Lacerda, contratado pela família de Tarsila, recorreu ao STJ pedindo a anulação do júri popular que absolveu os kombeiros, alegando que ao final do julgamento uma das juradas teria cumprimentado os irmãos Lira. Além disso, também argumentou o fato de um advogado, que atua na defesa dos kombeiros, no início do processo, atuou como advogado de acusação contratado pela família de Maria Eduarda e de uma testemunha que não foi ouvida no processo e teria informações sobre o caso.

A morte das adolescentes, que completa 16 anos em maio de 2019, teve repercussão nacional. As duas adolescentes tinham 16 anos na época, quando desapareceram após um passeio de lancha na Praia de Serrambi, Litoral Sul do estado. Os corpos das duas foram encontrados, em estado de decomposição, em um canavial, no distrito de Camela, muncípio de Ipojuca, dez dias depois, pelo pai de Tarsila. Os irmãos Marcelo e Valfrido foram acusados do crime, após investigações das polícias Civil e Federal. Em setembro de 2010, os kombeiros foram submetidos a júri popular em Ipojuca, quando foram absolvidos. Em março de 2015, a 1ª Câmara Criminal do TJPE decidiu, por unanimidade, manter o resultado do júri popular.

As investigações do Caso Serrambi duraram sete anos até a realização do júri popular por conta das diferenças entre o então promotor de Ipojuca, Miguel Sales, falecido em outubro de 2014, e a Polícia Civil. Em segunda instância, o recurso foi negado por unanimidade. Em agosto, o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Reynaldo Saores da Fonseca, da 5ª Turma, também negou, o recurso especial que pedia a anulação do júri popular realizado em 2010. Agora, o recurso foi negado de vez, inocentando definitivamente os kombeiros.
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