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Caso Artur Eugênio: Acusação detalha provas contra ex-médico

A promotora de Justiça do Ministério Público de Pernambuco, Dalva Cabral de Oliveira, defende que o médico Cláudio Amaro Gomes seja condenado como autor intelectual do crime

Publicado em: 12/12/2018 17:32

Foto: Camila Pifano/Esp.DP
O terceiro dia de julgamento de dois acusados pelo homicídio do médico Artur Eugênio, em 2014, começou a manhã desta quarta-feira (12), no Fórum de Jaboatão dos Guararapes. A previsão é que se encerre ainda hoje, podendo entrar pela madrugada da quinta-feira (13). 

Desde a segunda-feira (12),  Jailson Duarte César e Cláudio Amaro Gomes estão sendo submetidos a júri popular por homicídio duplamente qualificado por motivo torpe sem possibilidade de defesa da vítima.

A promotora de Justiça do Ministério Público de Pernambuco, Dalva Cabral de Oliveira, defende que o médico Cláudio Amaro Gomes seja condenado como autor intelectual do crime. Em relação a Jailson Duarte César, a promotoria sustenta as mesmas qualificadoras do homicídio, mas pede que ele seja julgado como partícipe, uma vez que não há provas de que o agenciador estava presente na cena do crime. 

"Ele não executou, não foi até o lugar, também não mandou matar. Ele participou, apresentando os contratados (pistoleiros) ao contratante (Cláudio Amaro Gomes)", explica Dalva Cabral. A promotora afirma ainda que o filho de Cláudio Amaro Gomes, Cláudio Amaro Gomes Júnior, teria feito o intermédio entre o pai e Jailson, participando, ainda, do momento do crime. 

"Pegaram um vasilhame que tinha as digitais do filho, Claudio Júnior, o que dá a ideia de que ele acompanhou todo o processo. Por certo não atirou, mas contratou bons pistoleiros, Lyferson Barbosa e Flávio Boca de Lata", disse Dalva Cabral. 

A promotoria explica, ainda, que há registros de telefonemas de Cláduio Júnior para o pai, antes e após o crime. "Não temos o conteúdo dessas conversas, mas há indicações exatas dos telefones que estavam trocando ligações", explica Dalva Cabral. "Não era rotina comunicação entre os dois", conclui. 

Em contrapartida, a defesa de Cláudio Amaro Gomes, afirma que o ex-médico não teria participação no crime, que o filho dele, Cláudio Júnior, seria o verdadeiro mandante do assassinato de Artur Eugênio. O advogado Bruno Bessa chegou a afirmar que as provas e argumentações "são vagabundérrimas", procurando confundir o conselho de sentença por pura conveniência acusatória. 

No momento, estão sendo exibidos vídeos com depoimentos de testemunhas, a pedido do júri. Entre elas, Daniela Cristina da silva, esposa de Lyferson barbosa. 
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