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Sem transtornos, prova do Enem começa no Recife

Um dos principais pontos de prova da cidade, apenas uma pessoa chegou atrasada para as provas da Unicap

Publicado em: 04/11/2018 13:15 | Atualizado em: 04/11/2018 15:29

Portões fecharam pontualmente ao meio dia. Foto: Nando Chiappetta

A prova do Exame Nacional do Ensino Médio se iniciou neste domingo sem muitos transtornos. Estudantes e familiares começaram cedo a chegar aos locais de provas e, na Universidade Católica de Pernambuco, localizada na Boa Vista, no centro do Recife, apenas um aluno se atrasou. Ele não quis falar com a imprensa. A expectativa dos candidatos era positiva, fruto da preparação durante o ano. Aos familiares, restava dar suporte "sem pressão". 

A estudante de Psicologia Fernanda Alves, de 27 anos, chegou às 9h30, "para não correr riscos". Apesar de já fazer faculdade, vai tentar outro curso. "Eu estudo psicologia e é uma área que gosto, mas queria tentar algum curso na Universidade Federal", destacou, citando estudar atualmente com bolsa integral em universidade particular. "Vou fazer. Dependendo do resultado, faço a mudança. Não deixa de ser uma experiência", completa.

Na torcida pela filha, Adriana espera bom resultado. Foto: Nando Chiappetta

Dona de casa, Adriana Maria, de 38 anos, veio acompanhando a filha de 18 anos, Mariana Vieira. Acredita que o apoio dos pais nesse momento pode fazer a diferença. "A gente é do interior (Passira), mora aqui faz um tempo para ter oportunidades. Se ela quer essa chance, vim apoiar", pontuou, destacando que o objetivo da filha é uma vaga no curso de engenharia civil. 

Ainda que seja a vontade da filha, Adriana tenta estimular Mariana a prestar concurso público. "A gente vê um monte de gente formada e sem emprego. Um tio dela passou um ano sem emprego e voltou agora a trabalhar. Quem é pobre tem que pensar em emprego, em algo que mude a vida ou garanta estabilidade. É o que eu digo a ela, porque quando eu era jovem, meus pais não me estimulavam nem me deram oportunidade de estudar e tentar crescer", ressaltou.

Pai e filha juntos antes da prova. "Sem pressão". Foto: Nando Chiappetta

Amanda Regina, de 16 anos, ainda cursa segundo ano do ensino médio e já estava pronta para entrar na sala para fazer a prova. Estava junto do pai, o bombeiro militar Aldo Silva, um incentivador. "É a primeira vez que faço Enem para que, ano que vem, quando for fazer de fato, não seja uma novidade. Quero o curso de Engenharia Civil, já venho fazendo o vestibular seriado e agora vou para o Enem. Vou testar meu conhecimento", destacou Amanda. 

"Ela é uma boa aluna e não tem motivo para pressioná-la. Eu vim para um efeito de mantê-la na zona de conforto, saber que é um teste, uma forma de ela se colocar à prova sem a responsabilidade ou obrigação de se sair bem. Eu quero um futuro bom para ela e o que eu puder fazer para gerar experiências que melhore a performance dela, vou fazer", garantiu.

Preparação intensa deixou João Rafael confiante para a prova. Foto: Nando Chiappetta
João Gabriel Freire, de 17 anos, também pensa em concurso público. Tanto que a preparação intensa para esse tipo de prova deixou o Enem como preparação complementar. "Não foquei muito na prova do Enem em especial. Dei atenção à redação e à matemática, que são disciplinas que derrubam muita gente e que pode ser a diferença na nota. Vou fazer administração ou na área de comércio exterior para ter uma experiência de intercâmbio e depois volto para fazer concurso, a priori, tentando a Polícia Rodoviária Federal", destacou com tranquilidade.

A mãe de João Gabriel, a educadora Maria Alêssandra Freire, explica a tranquilidade do filho. "Não tem pressão. Não tem obrigação de escolher o curso da vida com 17 anos. Cada pessoa tem um tempo, desde que não fique parado. Eu, por exemplo, entrei na escola com nove anos e entrei na universidade com 30 anos. Não é perder tempo. Cada caso é um caso. Se ele achar que o momento é cursar uma universidade ou fazer um intercâmbio, é o plano dele", detalhou.

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