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Neste domingo

Palestra ensina como estimular seu bebê sem apelar para a tecnologia

As especialistas darão dicas para estimular os bebês em casa, apresentar as novas terapias de estimulação, com experimentação do grupo sensório motor e abordar também a questão da linguagem

Publicado em: 14/10/2018 14:15 | Atualizado em: 14/10/2018 14:21

A fonoaudióloga Jeyse Bernardes e a terapeuta ocupacional Amanda Almeida estarão dando dicas importantes para o crescimento saudável dos bebês. Imagem: Divulgação

Quando o bebê começa a falar? Quando ele vai dar as primeiras passadas? Ler pra criança faz algum efeito? Como posso estimular meu bebê? Essas são dúvidas muito comuns aos pais e mães. Pensando nisso, a terapeuta ocupacional Amanda Almeida e a fonoaudióloga Jeyse Bernardes resolveram unir todas as orientações na palestra "Como estimular seu bebê sem apelar para a tecnologia", que vai acontecer neste domingo (14) das 15h às 16h durante a Gestante Brasil, Feira da Gestante e da Criança, no piso L3 do RioMar Shopping. 
  
As especialistas vão dar dicas para estimular os bebês em casa, apresentar as novas terapias de estimulação, com experimentação do grupo sensório motor e abordar também a questão da linguagem, como os pais podem estimular a fala e a comunicação e a partir de quando a demora em falar pode ser considerado atraso. Tudo de maneira leve, pautada no lúdico, com orientações sobre brincadeiras que estimulem essas áreas sem o uso excessivo da tecnologia. Com acolhimento, integração e estímulos sensoriais inovadores, as profissionais de saúde vão coordenar atividades de interação, integração e evolução de bebês.

Um estudo realizado na Universidade de Montreal com 78 mães e filhos mostrou que, quando elas dão autonomia às crianças, há um impacto positivo na função executiva, um dos pilares do desenvolvimento cognitivo. Essa função engloba a memória de trabalho, raciocínio, capacidade de resolução de problemas e flexibilidade de tarefas, além da capacidade de planejamento e execução de atividades.Para o estudo, as famílias foram visitadas em duas ocasiões: quando a criança tinha 15 meses e depois, ao completar 3 anos. Na primeira visita, foi pedido à mãe que ajudasse o filho a completar uma tarefa com um nível de dificuldade consideravelmente alto. Essa atividade durava cerca de 10 minutos e foi gravada em vídeo para que os pesquisadores pudessem analisar o tipo de suporte materno. Ou seja, se ela o encorajava, se era flexível, se incentivava e respeitava o ritmo da criança. Quando as crianças completaram 3 anos, os cientistas, por meio de uma série de jogos adaptados, avaliaram a força da memória de trabalho e da capacidade de pensar sobre vários conceitos simultaneamente. Aquelas que obtiveram melhores pontuações tinham mães que ofereciam um suporte consistente ao desenvolvimento de sua autonomia.

Há pelo menos quatro áreas importantes para serem estimuladas nos primeiros mil dias de vida da criança:

Estímulos afetivos
É aquele que você dá todos os dias, que forma o vínculo entre filhos e pais, que dá segurança para a criança tentar, errar, se frustrar e se recuperar. E você pode estimular que seu bebê demonstre afetividade pelos outros. Interaja com ele: elogie, faça carinho, demonstre que o tempo juntos está sendo prazeroso para você também.

Estímulos físicos
Deixe que o bebê conheça o próprio corpo, reconheça os cinco sentidos, entenda seus limites. Brincadeiras como rolar bolas, ir buscar objetos e sentir texturas diversas aprimoram a consciência corporal. Passeie, brinque com ele na grama, no chão, na areia. Conforme ele for crescendo, dê brinquedos de montar e vá diminuindo o tamanho das peças.

Estímulos cognitivos
Quebra-cabeças, jogos de montar e encaixar e todos os brinquedos que tocam música se encaixam nessa área.  A música, por exemplo, facilita depois a relação com a matemática. Também vale ler e contar histórias. A Academia Americana de Pediatria reforçou a recomendação de que os pais leiam para os filhos desde bebês, pois diversos estudos mostram que a atividade estimula o cérebro, reforça o vínculo e ajuda no aprendizado e desenvolvimento da linguagem. E sabia que desde cedo eles já "pensam" antes de se expressar? É o que mostra um estudo recente publicado pela revista "Proceedings of the National Academy of Science" (PNAS). Segundo a pesquisa, um bebê ensaia mentalmente os movimentos exigidos pela fala muito antes de ele dizer uma palavra. Isso é especialmente notável depois de completado o primeiro ano. Mostre fotos, livros, veja como ele reage a cada novidade!
 
Estímulos sensoriais
Deixe que seu filho experimente o mundo. Se ele quiser cheirar os brinquedos, isso pode ser só o jeito dele de aprender novas coisas! E, nesta área, a comida reina absoluta. Afinal, ela tem sabores, cores, texturas e barulhos os mais diversos possíveis, tudo uma delícia de ser explorado. Experimente, não só as comidas, mas tudo junto com seu filho. Você vai ajudá-lo dando apoio, encorajando, mostrando empatia.
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