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Adolescentes "sequestradas" participavam de denunciação caluniosa

Segundo Polícia, adolescentes de 12 e 14 anos que relataram terem sido sequestradas participaram de armação criminosa com uma tia.

Publicado em: 15/10/2018 19:33 | Atualizado em: 15/10/2018 19:40

Delegado Ademir Oliveira vai revelar no DPCA detalhes da trama que envolveu adolescentes em denunciação caluniosa. Imagem: Google Street View (Set2017)
Duas adolescentes e a tia delas estão envolvidas numa trama a equipe do Departamento de Polícia da Criança e do Adolescente (DPCA) concluiu ser um caso de crime de denunciação caluniosa. As adolescentes de 12 e 14 anos teriam sido sequestradas das escolas onde estudavam no bairro Campo Grande, Região Norte do Recife, no dia 15 de agosto e reapareceram seis dias depois, no dia 21/8. Segundo contaram à Polícia, o autor do crime teria feito isso para que a mais nova não o incriminasse num suposto estupro contra ela meses antes. Segundo a Polícia Civil de Pernambuco (PCPE), ficou esclarecido que a tia e as adolescentes participaram de uma denunciação caluniosa.

A PCPE convocou uma coletiva para a divulgação dos detalhes do caso pelo delegado Ademir Oliveira, da Unidade de Prevenção e Repressão aos Crimes Contra Crianças e Adolescentes (Unipreca), no auditório do DPCA, na Madalena, Região Oeste da Capital. Com base na Legislação, os nomes de parentes e familiares das adolescentes são preservados, mas também não foi divulgado o nome do homem que seria a vítima da denunciação caluniosa.

Segundo informações das adolescentes e de familiares e parentes que prestaram depoimento ao DPCA na época do suposto sequestro, ela teriam sido levadas de suas respectivas escolas no final da tarde do dia 15/8 por um carro de cor escura de placas não  informadas. Primeiro teria sido levada a mais nova e, em seguida, a outra. A mãe das adolescentes teria afirmado que a menor desaparecera outra vez, um mês antes, e só apareceu depois que ela acionou o Conselho Tutelar e a Polícia, quando se descobriu que ela passara 15 dias na casa de uma mulher identificada como “madrinha”. Relatos feitos à Polícia indicavam que o tempo em que ficou desaparecida a adolescente mais nova teria sido abusada sexualmente e suposto abusador seria um amigo da “madrinha”. 

Segundo declarou à época do reaparecimento das adolescentes o delegado Ademir Oliveira, as duas foram deixadas próximo à escola onde a mais velha estuda, em Campina do Barreto, próximo da escola da irmã mais nova. As duas disseram que foram abordadas por um homem e levadas até um carro, onde teriam sido obrigadas a entrar, onde estariam outros dois rapazes encapuzados, e que ficaram em cárcere privado por seis dias em uma casa abandonada. Também na época, o delegado disse que as adolescentes identificaram o homem que as teria levado ao carro como sendo o mesmo que, dois meses antes, havia sido denunciado como autor do sequestro e estupro da mais nova. A investigação dos casos acabou tomando outro rumo e os detalhes serão apresentados na manhã desta terça-feira.

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