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Polícia prende família que comandava boca de fumo em Afogados

A boca funcionava como uma empresa bem estruturada com com direito a motocicleta para o serviço de "Disk Drogas", caderno com informações sobre os devedores, além de um esquema de revezamento para a venda 24 horas dos entorpecentes

Publicado em: 12/09/2018 18:01

Foram apreendidos 20 kg de maconha, oito pedras de crack, além de motocicleta e outros materiais para o trabalho no tráfico - Foto: Polícia Civil/Divulgação
A Polícia Civil prendeu, em flagrante, uma família que comandava uma boca de fumo na Vila São Miguel, bairro de Afogados, Zona Oeste do Recife. A organização funcionava na casa dos familiares como uma empresa bem estruturada, com direito a motocicleta para o serviço de "Disk Drogas", caderno com informações sobre os devedores, além de um esquema de revezamento para a venda 24 horas dos entorpecentes. Os policiais também apreenderam duas balanças de precisão, material para embalo das drogas e facão para defesa da boca, além de 20kg de maconha e oito pedras de crack. 

Foram três acusados pelos crimes de tráfico de drogas, associação ao tráfico e corrupção de menores: o chefe da boca, conhecido como Vitinho, de 19 anos, responsável pelo gerenciamento da organização e pela prestação de contas a um presidiário que enviava as drogas, que acabavam sendo distrubuídas por ele aos famíliares para a venda. Sua irmã, Vitória Ingrid, de 18 anos e o namorado dela, Wyllimar Tavares, de 19. Além deles, uma adolescente, de 16 anos, grávida de oito meses, também foi levada para responder pelos atos infracioais equiparados ao tráfico e associação ao tráfico, estando à disposição do Ministério Público. 

Ainda moravam na casa, duas crianças, filhas Vitória Ingrid. Ambas foram entregues a uma familiar. Caso não seja possível permanecer com as duas, as menores serã entregues ao Conselho Tutelar. Ainda segundo a Polícia, elas estavam sujeitas a riscos como rivalidades do tráfico, brigas entre traficantes, além de conviverem diariamente com grandes quantidades de drogas. 

Para desarticular a quadrilha, o delegado Igor Leite, responsável pela ação, afirma que o caso começou a ser investiado há  oito meses, após uma prisão em que foi possível aprofundar as investigações, chegar à boca de fumo e prender os indivíduos.
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