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Promotor presta oito horas depondo e afirma que está seguro de sua inocência

Marcellus Ugiette é investigado por suspeita em corrupção. Ele está afastado do cargo desde último dia 6

Publicado em: 16/08/2018 10:07 | Atualizado em: 16/08/2018 10:24

Foto:  Teresa Maia/DP
Durante oito horas, o promotor da Vara de Execuções Penais, Marcellus Ugiette, que está sendo investigado por facilitar transferência de detentos, prestou depoimento na última quarta-feira (15). Acompanhado do advogado Emerson Leônidas, Ugiette foi interrogado pelos promotores do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de Pernambuco (MPPE). 

O promotor deixou o prédio do MPPE satisfeito. Disse que tinha apresentado a sua versão aos invetsigadores. "Foram quase três horas somente fazendo correções em documentos. Estou tranquilo, eu precisava trazer a minha versão dos fatos. Agora, se o procedimento resultar em denúncia, também terei direito a ampla defesa", disse. Questionado se conseguiu convencer a equipe do Gaeco da sua versão, Ugiette falou que era difícil avaliar a opinião de cada um. "Mas acredito na minha versão, que é a verdadeira. Foi muito importante ter falado aos investigadores para que eles tivessem acesso ao outro lado da história", completou. 

O promotor explicou que agora vai aguardar o pronunciamento do Gaeco, que pode ainda solicitar ouvidas de outras testemunhas e perícias, antes de remeter procedimento ao Procurador Geral de Justiça, Francisco Dirceu Barros. Há hipóteses de o promotor ser denunciado ou o caso ser arquivado. "Se for denunciado, farei também minha defesa para ratificar a minha inocência. Nunca tive qualquer ligação com nenhuma organização criminosa", garantiu o promotor Marcellus Ugiette, que está afastado das suas funções desde o último dia 6 deste mês. 

Ugiette foi um dos alvos da Operação Ponto Cego, da Polícia Civil de Pernambuco e é investigado por corrupção passiva por favorecer uma quadrilha de estelionatários facilitando a transferência de presos. O MPPE abri procedimento para acompanhar o caso, que corre em segredo de Justiça. Marcellus Ugiette trabalha no Ministério Público de Pernambuco há 33 anos, dos quais 15 são dedicados à Vara de Execução Penal.
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