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SOLIDARIEDADE

Uma adolescente ignora violência e socorre vítima de agressão

Sem treinamento, Amanda Mayanni prestou assistência a vítima de agressão e só saiu de perto com chegada de equipe do Samu.

Publicado em: 27/06/2018 21:34 | Atualizado em: 27/06/2018 22:04

Amanda Mayanni, 14 anos, socorreu vítima de agressão que sangrava na avenida no Recife Antigo e só se afastou com chegada do Samu. Foto: Nando Chiappetta/DP (Amanda Mayanni, 14 anos, socorreu vítima de agressão que sangrava na avenida no Recife Antigo e só se afastou com chegada do Samu. Foto: Nando Chiappetta/DP)
Amanda Mayanni, 14 anos, socorreu vítima de agressão que sangrava na avenida no Recife Antigo e só se afastou com chegada do Samu. Foto: Nando Chiappetta/DP (Amanda Mayanni, 14 anos, socorreu vítima de agressão que sangrava na avenida no Recife Antigo e só se afastou com chegada do Samu. Foto: Nando Chiappetta/DP)
Um ato solidário de uma adolescente marcou o final da festa de comemoração da vitória do Brasil sobre a Sérvia na Região Centro do Recife agora à noite em meio a uma suposta troca de agressão com cacos de garrafas envolvendo um homem e uma mulher. Segundo testemunhas, Valério Batista Lopes, 48 anos, cadeirante, foi agredido com um caco de garrafa por uma mulher identificada como Cristiane dos Santos. Valério agonizava, sangrando, deitado na via da Avenida Marquês de Olinda, quando a adolescente Amanda Mayanni, 14, decidiu buscar socorro e, não conseguindo, decidiu agir, só saindo de perto da vítima com a chegada de uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

“Procurei a Polícia e eles disseram que não podiam fazer nada. Fui numa viatura do Samu e eles disseram que estavam com outro paciente. Me deram as luvas e eu fiz”, disse Amanda, com lágrimas nos olhos, soluçando e mostrando as duas mãos com luvas ensanguentadas. Estudante, contou que nunca havia feito algo assim.

Após ser agredido, Valério mal conseguiu dizer o próprio nome. “Não me deixe morrer!”, pediu num dos momentos em que recobrou os sentidos. Abaixada, Amanda colocou a mão esquerda sob a área do ferimento e segurou o rosto num esforço para conter o sangramento.

“Foi um corte de garrafa. Muito profundo”, afirmou um integrante da equipe do Samu, logo depois de colocarem Valério na viatura para conduzí-lo para o Hospital da Restauração (HR), no Derby, também na Região Centro da Capital. No mesmo momento, uma equipe do Batalhão de Polícia de Radiopatrulha (BPRP) da Polícia Militar de Pernambuco (PMPE) conduziu Cristiane dos Santos para a Central de Plantões da Capital (Ceplanc), em Campo Grande, Região Norte do Recife.

Segundo testemunhas comentaram enquanto se aguardava o socorro a Valério, teria ocorrido uma troca de agressões “com gargalo (de garrafa)”. Uma testemunha que disse conhecer os dois envolvidos garantiu que por volta das 17h, na Praça da Independência, Região Centro, Valério não aceitou a negativa de Cristiane de lhe dar uma cerveja a agrediu na coxa esquerda.

Mesmo ferida, Cristiane teria atravessado a Ponte Maurício de Nassau procurando por Valério e o agrediu quando o encontrou. Outra testemunha afirmou que Valério a teria agredido uma segunda vez, quando os dois foram afastados. Mas Cristiane retornou e agrediu Valério, que ficou caído no chão. Num dos momentos em que recobrou os sentidos, quando disse seu nome, Valério alegou que namorara com a agressora, que estaria inconformada desde que ele não aceitou terem um filho e disse que não gostava dela.
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