Nesta terça

Oficial da PM, detido por posse irregular de armas, segue para audiência de custódia

Publicado em: 11/04/2018 07:26 | Atualizado em: 11/04/2018 08:47

O tenente-coronel da Polícia Militar, Pérsio Araújo Ferraz, 41 anos, detido na última terça-feira na Operação Decimus da Polícia Federal, segue na manhã desta quarta-feira para audiência de custódia. Ele foi autaudo por posse ilegal de arma de fogo durante a operação da PF, que tinha objetivo de combater irregularidades praticadas por empresas de segurança no estado. Agora, a Justiça deve decidir se o oficial permanecerá detido na Academia de Polícia Militar em Paudalho ou se responderá pela posse irregular de cinco armas de fogo em liberdade.

Em nota, a PF esclareceu que não pode estabelecer pagamento de fiança, uma vez a quantidade de arma apreendida ultrapasou o limite estabelecido por lei. O tenente-coronel Pérsio Ferraz prestou depoimento na PF e foi entregue na noite da última quarta-feira aos policiais da Companhia Independente de Operações Especiais, que conduziu o militar para a academia em Paudalho, onde ele permanece custodiado. 

Além dos dois revólveres calibre 38, três pistolas 380, e uma pistola ponto 40 e 150 munições de calibre diversos, a PF apreendeu durante a Operação Decimus, mais de U$ 35,5 mil em espécie e R$ 2,2 mil folhas de cheques. Também foram pegos na casa do oficial carimbos, cartões magnéticos, sete discos rígidos, dez telefones celulares, um Ipad, vasta documentação e cinco notebooks.

Segundo a PF, as armas foram apreendidas no apartamento do tenente-coronel, no bairro da Madalena. Os 45 policiais federais, que participaram da investigação, foram cumprir cumprir cinco mandados de busca e apreensão, sendo dois deles, na sede das duas empresas, localizada no bairro de Boa Viagem e do Prado, e outros três, em Boa Viagem, na Cidade Universitária e na Madalena. Os trabalhos foram coordenados pela Delegacia de Controle de Segurança Privada (Delesp) da Polícia Federal. 

Segundo a Assessoria de Comunicação Social da PF, os crimes alvos das investigações estão previstos no artigo 304 (uso de documento ideologicamente falso) e 288 (formação de quadrilha), ambos do Código Penal Brasileiro, além de outros crimes que restarem comprovados, cujas penas somadas variam de 1 a 10 anos de reclusão. Todo o material apreendido passará por uma perícia técnica a fim de subsidiar as investigações da PF.
 
De acordo com a Corregedoria Geral da Secretaria de Defesa Social o tenente-coronel Pérsio Ferraz já é alvo de investigação preliminar. Desde fevereiro desse ano, o órgão correcional recebeu a denúncia que o oficial militar seria proprietário de uma empresa de segurança privada. Os trabalhos prosseguem e, neste momento, dois oficiais da Corregedoria Geral acompanham as investigações e os procedimentos adotados pela PF no caso. Segundo a Assessoria da PMPE, o tenente-coronel Pérsio Ferraz é lotado na Assistência Militar e de Segurança Legislativa da Assembleia Legislativa de Pernambuco. 
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