Recife Sagrado
Música na igreja agrada público na primeira edição do ano
Encontro ocorre sempre no primeiro domingo de cada mês e conta com apresentação de orquestra local
Publicado em: 04/03/2018 18:50 | Atualizado em: 04/03/2018 20:33
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A primeira edição do projeto Música na igreja atraiu recifenses e turistas para a igreja Madre de Deus, no Bairro do Recife, neste domingo (4). O projeto integra o programa Recife Sagrado, da Secretaria de Turismo do Recife, que leva uma orquestra do cidade para uma igreja local, sempre no primeiro domingo do mês. A ideia inicial era que o projeto mudasse de igreja, mas desde o início (meados de 2017) é realizado na Madre de Deus, onde sempre a adesão é boa. Compareceram 225 pessoas no encontro deste domingo.
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Jair Carneiro, funcionário público, e Gisele Coutinho, contadora, acharam o espetáculo muito bom, principalmente pela proposta. "É importante para conscientizar as pessoas para a boa música, para a cultura da boa musicalidade, que anda pouco valorizada atualmente. E é muito legal ver o espaço cheio, um sinal de que interessa as pessoas. São músicas seculares, resgatadas para as pessoas. É muito bom", comentou Gisele. "É de se valorizar o projeto também porque não se trata de músicas religiosas, mas que o cenário da igreja de portas abertas para as pessoas pode mobilizar também. As pessoas se sentem atraídas pela música e divulgar a ação valoriza a música, mais do que qualquer discurso religioso", completou Jair.
A apresentação é sempre de graça e, ainda que seja na igreja, é apenas uma uitlização do espaço para o espetáculo. "O encontro é sempre às 17h, gratuito e sem vínculo com missas ou com outro evento da programação da igreja. O convite é para a música", disse a supervisora de produtos turísticos da secretaria de turismo do Recife, Rhaíssa Soares. "Além da apresentação, há guias identificados por todas as igrejas do bairro, explicando a história das igrejas, mostrando curiosidades e as programações do Recife Sagrado aos moradores", acrescentou. o projeto tem o apoio da Arquidiocese de Olinda e Recife e da Paróquia de São Frei Pedro Gonçalves.
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O publicitário Gustavo Rego pontuou como essencial o projeto, pela carência de ações no perfil. "A cidade sente falta de programação assim, com música boa, um encontro organizado. Quando tem, a adesão é garantida. É a divulgação da cultura, de forma gratuita. Muita gente poderia pagar, mas se é oferido de graça é inclusivo. É muito legal por isso também", apontou.
A música da vez ficou sob responsabilidade da Orquestra Clave. Ela tem três anos da formação atual. São cinco componentes (trompa, tuba, trombone de vara e primeiro e segundo trompetes). À frente do instrumento que harmoniza a música (trompa), Rafael Santana explica que a intenção da banda é apresentar, principalmente aos jovens, músicas que fizeram história. "Temos no repertório, por exemplo, artistas da música clássica famosos mundialmente, como Vivaldi, Bethoven, Edward Elgar, Sebastian Bach, Friedrich Händel, entre outros. Do nacional, apresentamos Vinícios de Moraes, Tom Jobim e Roberto Carlos, por exemplo", ressaltou. A Orquestra Clave também tem um projeto nas escolas, para mostrar música erudita aos jovens.
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O show foi aprovado pela professora Emanuela Lopes e pela sua mãe, Glória Lopes, aposentada. "Somos de Aracaju e adoramos um projeto semelhante que existe lá, na catedral central da cidade. Na hora de procurar o que fazer aqui no Recife hoje, vimos que teria essa apresentação e viemos. Como imaginamos, foi maravilhoso", disse Emanuela. "Música boa sempre revigora, renova. O encontro foi lindo e o cenário dessa igreja linda ajudou bastante", avaliou Glória.
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