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MPPE e Polícia de Alagoas localizam acusado de matar esposa foragido há 12 anos

Publicado em: 16/03/2018 12:30

Depois de passar quase 12 anos foragido da Justiça, o agricultor Cristóvão Vidal de Souza foi preso preventivamente esta semana na cidade de Penedo, Alagoas. O homem é acusado de ter assassinado a própria esposa, Suely Barbosa Vidal. A captura se deu graças à atuação conjunta do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e da Polícia Civil de Alagoas. O acusado, que ainda se encontra em Alagoas, aguarda ser intimado para responder ao processo na Comarca de Águas Belas, onde o crime ocorreu.

O processo se encontrava suspenso desde 2014, já que o acusado nunca havia sido localizado pela Justiça. A decisão teve a finalidade de paralisar a contagem do prazo prescricional, a fim de evitar que o acusado fosse beneficiado com o ato de ir para o Estado de Alagoas a fim de evitar responder ao processo penal.

Ao assumir a Promotoria de Águas Belas, no início de março, o promotor de Justiça Daniel Mesquita determinou diligências para tentar levantar indícios sobre o paradeiro de Cristóvão Vidal de Souza. Uma informação muito relevante foi o registro profissional do acusado, que foi contratado nos anos de 2016 e 2017 para trabalhar como cortador de cana em uma usina na cidade de Penedo.

Com base nessa informação, o MPPE contatou a Delegacia de Polícia local. Os policiais identificaram que o acusado estava vivendo em um povoado chamado Cerquinha da Laranja, na zona rural de Penedo, inclusive tendo constituído família na localidade. Segundo Daniel Mesquita, nenhuma das pessoas que morava com o acusado sabia que havia um mandado de prisão em desfavor dele.

Entenda o caso - Suely Barbosa Vidal, de 18 anos, foi assassinada em 29 de agosto de 2006 pelo marido, Cristóvão Vidal de Souza, na residência do casal, localizada na zona rural de Águas Belas. Os dois estavam casados há poucos mais de três meses.

Segundo a denúncia do MPPE, o acusado teria desferido várias coronhadas de espingarda contra a cabeça da esposa. Cristóvão chegou a confessar o crime para seu irmão, que trabalhava com ele como agricultor, e depois fugiu. Em março de 2012 o Ministério Público requereu a prisão preventiva do acusado em razão da sua fuga da Comarca de Águas Belas, pedido que foi aceito pelo Juízo no mês de maio.
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