APAGÃO

BRT funcionou com catracas livres e portas abertas, mas também teve estação fechada

Embora tenham amenizado drama de usuários, portas abertas oferecem grande risco em estações como no Derby, onde há tráfego intenso e queda poderia ser fatal.

Publicado em: 21/03/2018 18:47 | Atualizado em: 21/03/2018 20:03

Estações do BRT como a do Derby permaneceram com catracas livres e portas abertas para acesso e saída dos veículos , com risco de acidentes. Foto: Osnaldo Moraes/DP (Estações do BRT como a do Derby permaneceram com catracas livres e portas abertas para acesso e saída dos veículos , com risco de acidentes. Foto: Osnaldo Moraes/DP)
Estações do BRT como a do Derby permaneceram com catracas livres e portas abertas para acesso e saída dos veículos , com risco de acidentes. Foto: Osnaldo Moraes/DP (Estações do BRT como a do Derby permaneceram com catracas livres e portas abertas para acesso e saída dos veículos , com risco de acidentes. Foto: Osnaldo Moraes/DP)
O apagão instalou uma confusão nos dois corredores do sistema BRT (de “Bus Rapid Transit”) Via Livre da Região Metropolitana do Recife, inclusive com risco de graves acidentes. Sem energia elétrica, além de ar refrigerado e sistemas de informações as estações ficaram sem sistema de acesso pelo Vale Eletrônico Metropolitano (VEM) e sem controle de abertura e fechamento das portas de acesso e saída dos ônibus. Enquanto houve estação que fechou, a Estação Derby, uma das mais movimentadas, passageiros se avolumavam nas portas abertas esperando a chegada de veículos à beira das duas faixas de rolamento de trânsito intenso.

No corredor Norte-Sul, que ligação os municípios de Igarassu, Abreu e Lima, Paulista e Olinda ao Centro do Recife e, segundo o Grande Recife Consórcio de Transporte, atende 66 mil usuários/dia, a estação Hospital Central foi fechada por um funcionário. “Está tudo parado por falta de energia”, disse ele para um usuário sem se identificar enquanto saia da porta para tentar liberar uma usuária que ficou sem poder embarcar porque as portas não abriam quando os veículos paravam na estação.

Diferentemente do caso da Estação Hospital Central, nas estações Guararapes e Derby do corredor Leste-Oeste, chamava atenção o elevado volume de pessoas subindo a rampa e superlotando o espaço já sem qualquer sensação que lembrasse o ar refrigerado de dias comuns. As catracas estavam liberadas, o clima abafado, muito barulho e as portas completamente abertas o tempo todo. “A pipoca é um real mas a passagem é por minha conta”, brincava um passageiro gozador à beira de uma das portas da Estação Guararapes quando a escuridão já começava a reinar na avenida então ainda sem energia.   

Tanto no Derby como nas avenidas Conde da Boa Vista e Guararapes havia quem preferisse não acreditar no funcionamento do BRT sem energia elétrica. Nesses casos e nos de estações “fechadas”, os usuários decidiram recorrer aos ônibus comuns, gerando uma grande movimentação de pessoas pelas calçadas da Região Centro do Recife. “Vamos para o Parque Treze de Maio pegar o ônibus”, contaram por exemplo, duas amigas que, apressadas, nem pararam para dizer o nome, acrescentando que caminharam desde a Ilha do Leite, passando pelo Derby e a Avenida Conde da Boa Vista.

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