Diario Urbano

Pernambuco vai precisar de mais de nove anos para acabar com lixões

O despejo atual de 160,6 mil toneladas por ano em áreas a céu aberto significa poluição do solo, do lençol freático e da atmosfera

Publicado em: 21/02/2018 07:32 | Atualizado em: 21/02/2018 08:47

Conforme levantamento do Tribunal de Contas do Estado (TCE), o número de municípios fora dos padrões da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) caiu de 126 para 114. Foto: Paulo Paiva/DP

Pernambuco vai precisar de ao menos nove anos e quatro meses para acabar com os lixões se mantido o ritmo de implantação dos aterros sanitários dos últimos dois anos. Nesse período, conforme levantamento do Tribunal de Contas do Estado (TCE), o número de municípios fora dos padrões da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) caiu de 126 para 114. De olho nos danos ambientais, os nove anos e quatro meses são uma eternidade. O despejo atual de 160,6 mil toneladas por ano em áreas a céu aberto significa poluição do solo, do lençol freático e da atmosfera. A considerar os nove anos e quatro meses como um calendário exato de obras, o horizonte do fim dos lixões neste período seria palatável. Mas os dados apresentados pelo TCE nos últimos quatro anos, regidos pelas exigências da PNRS, evidenciam infelizmente que a conta dos lixões e aterros nem sempre é positiva. Em 2015, o estado tinha 129, quando no ano anterior eram 126. O que vai garantir os avanços será a cobrança dos órgãos de fiscalização. Afrouxar as regras como fez o atual governo federal continuará sinônimo de arranjos políticos, que condenam o meio ambiente.
 
Furto da bomba
O esforço da comunidade do Poço da Panela em  manter o Jardim Secreto, projeto voltado ao cultivo de flores e de uma horta nas margens do Rio Capibaribe em nada sensibilizou os ladrões. Furtaram a bomba d'água, essencial ao projeto.

Nova vaquinha
O furto da bomba do Jardim Secreto entristeceu, mas não desanimou os integrantes do projeto do Poço da Panela. Eles estão em nova campanha – diga-se vaquinha – para adquirir outro equipamento. E rápido. Afinal, o sol não dá trégua.
 
Lagoa perene
Chova ou faça sol, a lagoa da Rua Sítio das Quintas, em Bonsucesso, Olinda, se mantém firme. A poça existe desde novembro do ano passado, quando se rompeu um cano da rede de abastecimento. Desde então, as queixas dos moradores se avolumam.

Medo da dengue
À espera de um fim para o vazamento do cano da Compesa, os moradores da Rua Sítio das Quintas, no Bonsucesso, se preocupam com os riscos da dengue. E com os bolsos. A água não chega em algumas casas e a saída é contratar carros-pipa.

Fumaça nas ruas
Dependendo da hora, as ruas Bernardo Guimarães e General José Semeão, na  Boa Vista, têm cheiros e fumaças inconfundíveis. São consequências do consumo frequente de drogas, que chegam facilmente na mão dos usuários na região.

Polo regional
O núcleo de recondicionamento de computadores do Centro Marista Circuito Jovem foi um dos trunfos para o estado sediar o primeiro dos quatro polos regionais de formação e reuso de eletroeletrônicos do país. O polo será formalizada hoje no Recife.

Sem endereço
Bateu o desespero nos ambulantes que vendem castanhas, frutas e guloseimas próximo à passarela da BR-101 da Charneca, no Cabo. Receberam aviso de que serão retirados do lugar pela prefeitura, mas nenhuma palavra do destino para onde vão.

Envio de fiscal
A Emlurb, em resposta a moradores da Rua André Vieira de Melo, prometeu checar a denúncia de irregularidade na coleta de lixo do logradouro, situado em Areias. Disse que enviará um fiscal à rua, mas assegura haver um serviço regular de coleta.
Os comentários abaixo não representam a opinião do jornal Diario de Pernambuco; a responsabilidade é do autor da mensagem.
MAIS NOTÍCIAS DO CANAL