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Crime Explosão no banco Santander, na Parnamirim, fazia parte de golpe de R$ 2 milhões Marcos José foi autuado por tentativa de furto qualificado, formação de quadrilha e incêndio criminoso

Por: Isabela Veríssimo

Publicado em: 23/11/2017 14:00 Atualizado em: 23/11/2017 14:09

Marcos José foi autuado por tentativa de furto qualificado, formação de quadrilha e incêndio criminoso. Foto: Polícia Civil/ Divulgação
Marcos José foi autuado por tentativa de furto qualificado, formação de quadrilha e incêndio criminoso. Foto: Polícia Civil/ Divulgação

Um dos suspeitos de incendiar a agência do banco Santander, no bairro do Parnamirim, Zona Norte do Recife, foi preso antes de ontem em Jaboatão, no salão de beleza onde trabalha. O cabeleireiro Marcos José da Silva estava foragido de um mandado de homicídio condenatório com pena de 34 anos desde 2011. O outro homem que participou da explosão no dia dois de outubro foi identificado, mas ainda não foi encontrado. A dupla planejava um golpe de R$ 2 milhões.

Cerca de 90 envelopes vazios foram apreendidos. O delegado João Gustavo Godoy, titular da Delegacia de Roubos e Furtos explica que desde a data da explosão já se apontavam claros indícios que era uma ação criminosa. “Com o decorrer das investigações foi possível averiguar que os envelopes dentro do caixa não tinham sido comprometidos. Então conseguimos ver que haviam mais de 90 depósitos vazios de mais de 40 correntistas. A ideia deles era fazer o fogo consumir os envelopes de forma que o Santander fosse obrigado a “devolver” os valores. Acontece que o fogo não se alastrou o suficiente para isso e, assim, foi possível identificar tanto as pessoas que forneceram as contas para receber o dinheiro quanto o suspeito que participou da explosão”, relata. 

Imagens das câmeras de segurança perto da agência flagraram a ação e estão com a polícia. A dupla estacionou o carro na rua do Santander, levou galões de gasolina, atearam fogo e fugiram. As portas de vidro do banco ficaram completamente destruídas.

Marcos José foi autuado por tentativa de furto qualificado, formação de quadrilha e incêndio criminoso e confessou a participação em depoimento na tarde de ontem. Ainda não se sabe quantos correntistas envolvidos de fato sabiam da ação criminosa. “Se algum amigo pede sua conta emprestada para fazer um depósito e você disponibiliza, pode cair em uma ação dessa sem saber. É um inquérito longo e já ouvimos mais de 30 pessoas para descobrir o nível de envolvimento delas no crime”, esclarece o delegado. 



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