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Diario urbano Recife pode tirar lições do Do projeto de revitalização de Wynwoon, em Miami

Por: Jailson da Paz

Publicado em: 22/09/2017 07:47 Atualizado em:

Do projeto de revitalização de Wynwoon, em Miami, o Recife pode sacar lições. Pela dimensão que deu ao bairro dos Estados Unidos, o tratamento artístico seria ponto de partida para experiências locais. Até porque a capital pernambucana dispõe, neste aspecto, de investimentos na grafitagem de muros. Em menor escala e sem a sistematização da cidade norte-americana, diga-se. Essa certamente não foi a essência da revitalização de Wynwood. E ao que o Recife deve ficar atento. Além do engajamento do empresariado, a transformação em Miami, segundo esclarecimento do especialista Joseph Furst, considerou as perspectivas do pedestre, a de que o valor da cidade vem do solo e a escala humana dos projetos. Ou seja, o carro é importante, mas a prioridade é para as pessoas. Essas para contemplar a arte de rua, essencial no projeto apresentado por Furst, não podem ficar na disputa de espaço com os veículos. Que o digam os muros da Compesa e do Colégio Nóbrega, na Boa Vista. Grafitagens existem neles. Observá-las com tranquilidade é praticamente impossível, pois as calçadas são estreitas e as vias reservadas unicamente às máquinas.

 

 Nada informa
A caminho do Agreste e da Mata Norte, o motorista que trafegar pela BR-232 terá dificuldade de saber as rotas caso dependa das sinalização. Placas, a exemplo desta do Curado, no Recife, são ilegíveis, com letras apagadas e cheias de furos.

Sinal de alerta
É adequado o apelido de um pneu velho de automóvel colocado, há semanas, em um dos buracos da Rua Criciúma, em Barra de Jangada, Jaboatão dos Guararapes. Motoristas chamam o pneu de “guarda de trânsito”, pois indica a necessidade de desvios.

Menos de dois
Caruaru gosta de carros. Em junho, considerando a estatística do Detran e a população estimada pelo IBGE para 2017, o município, entre os de mais de 100 mil habitantes do estado, superou a relação de um veículo para menos de duas pessoas. Ficou em 1,99.

Exemplo na Mata
Entre os municípios pernambucanos com menos de 100 mil habitantes, Timbaúba, na Mata Norte, atingiu patamar semelhante a Caruaru. O município de 53.083 moradores, segundo a estatística do Detran, contava com 26.620 veículos registrados em junho.

Poder econômico
Serra Talhada, no Sertão, e Santa Cruz do Capibaribe, no Agreste, atestam que a relação carro por habitante cresceu em cidades-polo e em expansão econômica. Ambas tiveram, respectivamente em junho, as marcas de 2,36 e 2,29. Acima de 2,39 do Recife.

Pedindo botoeira
Os pedestres do Recife desconfiam dos motoristas. Em lugar de faixas de travessia, estão pedindo semáforos. Três novos equipamentos, do tipo botoeira, foram instalados pela CTTU nos bairros de Jardim São Paulo e São José desde o último dia 15.

Travessia corrida
Em Jardim São Paulo, o semáforo com botoeira fica na Rua João Cabral de Melo Neto,  enquanto os de São José operam no Cais de Santa Rita. Sem eles, apenas correndo era possível fazer a travessia. Tranquilidade somente nas horas de engarrafamento.

Fechou a pista
A paciência sumiu do trânsito. Enquanto um condutor suava ontem à tarde para tirar um Palio do canto, outros buzinavam atrás. E o motorista do carro quebrado, assim como o veículo, travou na Avenida Agamenon Magalhães, Derby. Ouviu poucas e boas.




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