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MOBILIDADE Metroviários desistem de paralisação nesta quinta e sexta Decisão foi tomada em assembleia, na noite desta quarta-feira

Por: Osnaldo Moraes - Diario de Pernambuco

Publicado em: 13/09/2017 20:12 Atualizado em: 13/09/2017 20:58

Os metroviários decidiram cancelar a greve que havia programado para esta quinta-feira. A decisão foi tomada por unanimidade na assembleia geral realizada a partir das 18h15, na chamada “Praça da Greve”, no pátio da Estação Recife, bairro Santo Antônio, Região Centro da Capital. Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Metroviários e Conexos de Pernambuco (Sindmetro-PE), Getúlio Basílio, a ponderação que prevaleceu entre a categoria foi a de que o posicionamento estivesse correto, a paralisação poderia ser interpretada negativamente no Tribunal Superior do Trabalho (TST). 

Representada por cerca de 120 profissionais de um total de 1,8 mil que atuam nos sistemas de transporte de passageiros por trilhos, a categoria aguarda a marcação da audiência de conciliação do dissídio coletivo pelo TST. Embora ainda sem confirmação, há uma previsão de que essa audiência seja marcada para as 14 horas do próximo da próxima quarta-feira, quando haverá assembleia permanente para posicionamento a partir dos resultados alcançados em Brasília. Essa assembleia será realizada na sede do Sindmetro-PE, na Rua Coronel Lamenha, 263, em Areias.

Imediatamente após a conclusão da assembleia, representantes da Superintendência de Trens Urbanos do Recife da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (STU-Recife/CBTU), iniciaram a desmobilização do regime especial que estava montado para funcionar com a praticamente certa deflagração da greve. Segundo a empresa, tudo estava pronto para ser ativado, focado na priorização de atendimento de usuários nos chamados horários de pico, quando ocorre o maior movimento. Entre o sistema do Metrô do Recife (Metrorec) e a Linha Sul e VLT transportam cerca de 430 mil usuários/dia.

Embora tenham cancelado a greve, os metroviários mantiveram a decisão de participarem ativamente das mobilizações desta quinta e sexta-feira, como havia sido decidido pela mesma assembleia que deliberara sobre a paralisação, no último dia 5. A categoria aproveita para reforçar a denúncia sobre o que considera ser um “colapso” do sistema, com falta de investimento, de segurança, de pessoal e de peças e equipamentos, além de ausência de política de valorização dos funcionários. Segundo Getúlio Basílio, tudo isso pode ser constatado, por exemplo, ao se andar pela Estação Recife observando o piso, as infiltrações, além das escadas rolantes eventualmente paradas nas estações e a degradação dos acessos internos do sistema que profissionais são obrigados a percorrer.


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