Urbanismo Especialistas se reúnem para discutir preservação do patrimônio histórico do Recife

Publicado em: 19/09/2017 21:44 Atualizado em:

Pesquisadores fizeram passeio de barco pelo Cpiíbaribe. Foto: Lú Streithorst/PCR
Pesquisadores fizeram passeio de barco pelo Cpiíbaribe. Foto: Lú Streithorst/PCR
Urbanistas de Pernambuco e outros estados e países, e uma equipe da Secretaria de Planejamento Urbano (Seplan), navegaram pelas águas do Rio Capibaribe na manhã desta terça-feira. A visita técnica à paisagem urbana da área histórica do recife foi um preparativo para o I Seminário sobre a Preservação Cultural do Recife. A abertura do evento será nesta quarta-feira, às 8h30, e o encontro seguirá até a quinta-feira; no Museu da Cidade (Forte das Cinco Pontas).

O intuito do olhar técnico sobre o cenário recifense é que, através dele, os especialistas possam se embasar para debater a respeito do patrimônio. A mesa de abertura, que vai das 8h30 às 10h30, fará um resgate sobre a preservação no Recife. Em seguida, das 11h ás 13h15, serão as políticas públicas e a gestão da conservação. Logo depois serão debatidos instrumentos urbanísticos e conservação integrada, além de paisagem cultural e patrimônio imaterial. Já na quinta-feira, para encerrar, haverá mesa sobre licenciamento urbanístico e patrimônio cultural.

Na opinião do secretário de Planejamento Urbano do Recife, Antônio Alexandre, o evento é um marco para o progresso de políticas públicas visando a proteção dos patrimônios históricos e culturais. Ele espera que se repense a cidade e se revise a legislação a partir da troca de experiências com profissionais de outros estados. “É o ambiente propício para vermos o que está dando certo e errado por aí. Então, poderemos agregar ideias e melhorar nossas práticas”, complementou.

A arquiteta, professora e diretora de Cultura do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), Cêça Guimaraens, é recifense e mora no Rio de Janeiro há 40 anos. “Os erros são os mesmos. E, quanto mais há buracos na proteção do patrimônio, mais a cidade é tomada por arranha céus”, comentou. Ela pretende levantar a questão da responsabilidade de preservar a história da cidade.

O Recife tem, atualmente, 33 zonas e 258 imóveis especiais sob preservação. Desse total, cerca de 100 já receberam notificações ou multas do ano passado para cá. Segundo o secretário Alexandre, ainda há muito o que mudar na consciência dos proprietários sobre a importância de respeitar os patrimônios materiais. “É a preservação desses espaços que constrói o laço afetivo do cidadão com o lugar onde mora”, pontuou Alexandre.


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