SECA São Paulo renova empréstimo para combate à seca no Nordeste Equipamento beneficia diretamente Pernambuco, Paraíba e Ceará

Publicado em: 21/08/2017 18:45 Atualizado em:

O estado de São Paulo renovou o empréstimo de bombas e tubos feito ao Ministério da Integração Nacional para reforçar o combate à seca do Nordeste. O documento foi assinado pelo governador Geraldo Alckmin e pelo ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, nesta segunda-feira. O equipamento, que consiste em tubulações e quatro conjuntos de bombas flutuantes, cada um com capacidade de bombear até 2 mil litros de água por segundo, foi cedido em dezembro do ano passado para ajudar a enfrentar a longa estiagem nos estados de Pernambuco, Paraíba e Ceará. O evento também contou com a presença do secretário de Saneamento e Recursos Hídricos do Estado de São Paulo, Benedito Braga, e do presidente da Sabesp, Jerson Kelman.

“Nós ficamos muito felizes em poder retribuir aos brasileiros, nossos irmãos do Nordeste toda a contribuição que eles deram a São Paulo”, afirmou Alckmin. Assim que o empréstimo foi assinado, em dezembro do ano passado, bombas e tubos foram transportados e passaram a funcionar dentro do reservatório de Braúnas, em Floresta, no Sertão, no eixo leste do Projeto de Integração do Rio São Francisco. A manobra acelerou a entrega das obras no São Francisco e permitiu a chegada da água mais rapidamente à Paraíba, evitando o colapso no abastecimento para quase um milhão de moradores de 18 cidades.

Agora, os equipamentos serão transferidos para o eixo norte e vão acelerar a chegada da água para a região metropolitana de Fortaleza, que enfrenta severa escassez hídrica. A medida vai beneficiar, além da capital cearense, os estados de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte.

A cessão do equipamento e demais materiais necessários para sua instalação, orçados em R$ 8,26 milhões, será estendida por mais 180 dias. Não há qualquer custo aos beneficiados. Além dos quatro conjuntos de bombas flutuantes, cada um com dois motores e potência combinada de 350 cavalos, foi cedida a estrutura necessária para sua operação, o que inclui dois conjuntos de motores como reserva, bem como 1.800 metros de tubulação para o transporte da água captada, 1.360 metros de cabos elétricos, inversores de frequência e disjuntores, além de outros itens.

As bombas foram utilizadas para captação das reservas técnicas do Sistema Cantareira durante a crise hídrica no Estado de São Paulo, em 2014 e 2015. Elas permitiram usar a água que fica abaixo do nível mínimo de captação na represa. Com esse bombeamento, foi possível enviar essa vazão para a estação de tratamento e, em seguida, para as casas de até 9 milhões de pessoas que eram abastecidas pelo Cantareira.


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