POLÍCIA Preso terceiro suspeito de envolvimento direto em morte de personal trainer no Janga Gabi Santiago foi assassinada no dia 16 de fevereiro

Publicado em: 16/08/2017 21:17 Atualizado em: 16/08/2017 21:47

Gabriela Santiago, de 24 anos, foi morta com dois tiros na cabeça. Foto: Reprodução/Facebook (Gabriela Santiago, de 24 anos, foi morta com dois tiros na cabeça. Foto: Reprodução/Facebook)
Gabriela Santiago, de 24 anos, foi morta com dois tiros na cabeça. Foto: Reprodução/Facebook
O terceiro suspeito de participar diretamente da morte da personal trainer Gabriela Conceição Santiago, de 24 anos, foi preso, nesta quarta-feira. Gabi Santiago, como era conhecida, foi assassinada com um tiro na nuca quando desceu do ônibus ao voltar para sua casa. O último preso pilotava a moto em que o executor estava no momento da abordagem. O crime aconteceu no dia 16 de fevereiro deste ano, no bairro do Janga, em Paulista. O cabo da Polícia Militar Mauro Brasil de Sá Leitão, 39, foi apontado pela Polícia Civil como mandante do assassinato. Segundo a polícia, ela foi morta porque mantinha um relacionamento amoroso com a esposa do policial, uma médica que não teve a identidade revelada.

Até então, outras três pessoas tinham sido presas por envolvimento no caso. Além do PM, que era lotado no 19º Batalhão, foram detidos Paulo Fernando Crespo de Araújo Neto, 27, e Ricardo Caetano Gomes, 40. Paulo está sendo apontado com um dos executores e Ricardo foi detido por atrapalhar as investigações. A delegada explicou que Mauro teria conhecido Paulo Fernando em reuniões de narcóticos anônimos. Segundo a polícia, ambos são usuários de drogas e estavam em tratamento.

"Gabriela foi assassinada porque manteve um relacionamento amoroso com a esposa do policial, que planejou o crime. Gabriela e a esposa dele se envolveram no fim do ano passado, depois de se conheceram na academia de ginástica. Mauro sabia da relação das duas, que inclusive tinham várias fotos e mensagens nas redes sociais. A esposa teria dito que queria se separar porque estava apaixonada por Gabi", explicou a delegada Thaís Galba, titular da Delegacia de Homicídios de Paulista, acrescentando que o crime não pode ser tratado como feminicídio. "Gabriela morreu porque tinha um relacionamento com a esposa de Mauro. Não porque era mulher", ressaltou a delegada.

De acordo com a polícia, no dia do crime Mauro foi visto junto com outros dois homens nas proximidades da academia. Ele teria dito ao segurança Ricardo Gomes que naquele dia iria "acontecer uma parada". “Esse segurança chegou a entrar na academia, que fica em Casa Caiada (Olinda) e disse que Mauro estava rondando o estabelecimento com duas pessoas estranhas à procura da sua esposa. Isso deixou Gabriela apreensiva, tanto que ela telefonou para a mulher de Mauro perguntando se ele estaria lá para fazer algo contra ela. E a resposta foi de que a esposa não sabia de intenção de Mauro. Isso nos foi dito pelas amigas de Gabriela na academia”, completou Thaís.

Gabi saiu da academia assustada, e não chegou em casa, no Janga. Foi morta com um tiro na nuca após descer do ônibus. No momento, discutia ao telefone com a esposa de Mauro. De acordo com a polícia, a relação das duas estava conturbada porque a médica, que havia passado um tempo separada do marido, havia voltado a viver com ele. Eles são casados há mais de 10 anos e têm um filho.

O tiro que acertou a vítima partiu de uma pistola 380, mesma arma usada pelo PM para trabalhar. “Em depoimento, o cabo disse que teve sua pistola (calibre 380) roubada quatro dias após a morte da vítima. Ele chegou a fazer boletim. Mas é estranho alguém roubar um policial e não fazer nada contra ele.”

Apesar de nenhum dos três presos terem confessado, Mauro e Paulo foram indiciados por homicídio qualificado, e Ricardo por falso testemunho e obstrução da investigação. “Ricardo sabia de tudo e mentiu nos depoimentos. Só quando foi preso disse que estava sendo ameaçado por Mauro para não contar nada”, afirmou a delegada.

A delegada Thaís Galba dará detalhes sobre a conclusão do caso e a prisão do terceiro suspeito, às 10h desta quinta-feira, na sede operacional da Polícia Civil.





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