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Quinta Evento discute risco de desabamento de prédios-caixão

Publicado em: 16/08/2017 10:16 Atualizado em: 17/08/2017 10:20

Em Olinda, edifício, que desabou parcialmente, ficou escorado em um prédio vizinho. Foto: Shilton Araújo/Esp.DP
Em Olinda, edifício, que desabou parcialmente, ficou escorado em um prédio vizinho. Foto: Shilton Araújo/Esp.DP

A situação dos edifícios do tipo caixão será discutida nesta quinta-feira pela Associação dos Engenheiros de Segurança do Trabalho de Pernambuco (Aespe), Associação Brasileira de Engenheiros Civis - Secção Pernambuco (Abenc) e Sindicatos dos Engenheiros do Estado de Pernambuco (Senge-PE), em conjunto com o Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Pernambuco (CAU-PE).

O debate acontece às 15h, na sede do Conselho, na avenida Rui Barbosa, numero 1363, bairro das Graças, no Recife. O objetivo discutir as causas e a frequência dos desabamentos de edificações em todo o estado, que já deixaram 11 pessoas mortas e outras três feridas, além dos danos materiais.

Estudo realizado há oito anos pelo Ministério Público estadual e federal identificou cerca de 5.300 prédios-caixão na Região Metropolitana do Recife (RMR) e mais de dois mil deles com risco alto ou muito alto de desabamento. De acordo com a entidade, após o levantamento. as próximos etapas, como a elaboração de laudos  e execução de obras de reforço e recuperação, não foram realizadas.

Caso recente - Na quinta-feira assada, o Edifício Agave, no bairro de Jardim Fragoso, em Olinda, partiu-se ao meio e desabou. As seis famílias ocupavam o imóvel de número 561 da Rua Martiniano de Barros irregularmente, desde que o edifício tipo caixão foi desocupado pelos proprietários há mais de 10 anos depois de a estrutura ser condenada. Depois de deixarem o Agave, as famílias que viviam no local se mudaram para outro condomínio abandonado do bairro.

Muitos prédios de Jardim Fragoso são vazios por causa evacuação dos moradores após uma série de interdições que tiveram como ponto de partida o desabamento do Conjunto Enseada de Serrambi (sete mortos e 11 feridos) e do Edifício Éricka (quatro mortos), em 1999. São prédios no estilo caixão, construídos nas décadas de 1980 e 1990, e que têm problemas de engenharia.

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