Tempo Ventania destelha imóveis e arranca portão em Peixinhos, Olinda O fenômeno, de acordo com os moradores, durou cerca de cinco minutos e não deixou feridos

Por: Bettina Novaes Ferraz

Por: Patrícia Fonseca - Diario de Pernambuco

Publicado em: 28/06/2017 11:55 Atualizado em: 28/06/2017 15:29

"Começou a chover e, logo em seguida, a ventania. Parecia um tornado. A gente só via telha indo embora", relata o motorista Moisés Inácio da Silva, morador da rua Carmela Dutra. Foto: Bettina Novaes Ferraz/Esp.DP
"Começou a chover e, logo em seguida, a ventania. Parecia um tornado. A gente só via telha indo embora", relata o motorista Moisés Inácio da Silva, morador da rua Carmela Dutra. Foto: Bettina Novaes Ferraz/Esp.DP

Moradores do bairro de Peixinhos, em Olinda, se assustaram na manhã desta quarta-feira com os fortes ventos que atingiram a localidade. Nas imediações do Centro da Moda, na Avenida Presidente Kennedy, casas e galpões foram destelhados e um portão de alumínio foi arrancado pela ventania. Pedestres correram para se proteger.

O fenômeno, de acordo com os moradores, durou cerca de cinco minutos e, até o momento, não deixou feridos. O motorista Moisés Inácio dos Santos, 54, vive na Rua Carmela Dutra desde que nasceu e afirmou nunca ter visto algo parecido. "Começou a chover e, logo em seguida, a ventania. Parecia um tornado. A gente só via telha indo embora".



Na Rua Embaixador Cristiano Machado, os vizinhos Petrúcio José de Assis, 63, e Laurinda da Silva, 49, ficaram sem energia elétrica após a passagem dos fortes ventos, que também levaram as telhas das casas. De acordo com Petrúcio José, que é motorista, o prejuízo para repor o telhado fica em torno de R$ 16 mil.

Para a família de Amanda Barbosa, 14, moradora da Rua Luiz Barbalho, a situação foi "desesperadora". Segundo a estudante, os ventos, que traziam uma poeira branca foram tão fortes que formaram um pequeno ciclone e acabaram derrubando uma mangueira do terraço, que caiu em cima do telhado da casa.

A Defesa Civl de Olinda se dirigiu ao local para fazer a poda preventiva das árvores que caíram nas proximidades devido à ventania. Segundo o secretário executivo do órgão, aproximadamente cinco pontos da cidade tiveram registro de quedas de árvore. Ainda de acordo com o secretário, a Prefeitura de Olinda não deverá arcar com os prejuízos dos moradores, uma vez que a ventania se trata de um fenômeno natural.

Apac
A Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) prevê para esta quarta-feira ventos na direção Sul-Sudeste com intensidade de fraca a moderada. De acordo com o meteorologista Roberto Pereira, do final de junho até novembro é comum a ocorrência de ventos de maior intesidade e, com a presença de alguns fenômenos, eles podem se tornar mais fortes.

O anemômetro instalado na Estação Meteorológica no bairro da Várzea, no Recife, no entanto, não registrou essa ventania sentida em Olinda. Os picos de ventos recentes foram percebidos pelo equipamento à 1h da madrugada desta quarta-feira, de oito metros por segundo, o equivalente a 29 km/h, uma intensidade considerada moderada. Ontem, por volta das 16h, outra ventania foi registrada, desta vez de    8.7 metros por segundo, equivalente 31 km/h.

Alerta 
Segue até as 17h desta quarta-feira o alerta de chuvas moderadas a fortes para a Região Metropolitana do Recife (RMR), Mata Sul e Norte. O boletim foi emitido no final da tarde pela Agência Pernambucana de Águas e Climas (Apac). Olinda registrou o maior acúmulo de chuvas das últimas 24 horas: 51,36 mm. Em segundo lugar vem Paulista, com 47,80 mm e em terceiro Abreu e Lima, com 45,84 mm. No Recife choveu 30,88 mm.

Ainda não há registros de acidentes relacionados às chuvas. De acordo com a Tábua de Marés da Marinha, o pico da maré no Recife será de 2,1m, às 19h41. A Defesa Civil do Recife orienta moradores de áreas de risco a procurarem abrigo em locais seguros, em caso de necessidade. O órgão mantém um plantão permanente e pode ser acionado através do telefone 0800 081 3400. A ligação é gratuita e a Central de Atendimento funciona 24h.

 



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