Investigação DHPP começa a investigar caso de cozinheira queimada por colega Na noite desta terça-feira, a delegada Gleide Ângelo foi ao Hospital da Restauração e conversou com a vítima

Por: Diario de Pernambuco

Publicado em: 21/06/2017 07:35 Atualizado em: 21/06/2017 11:47

Ana Paula de Messias, de 32 anos, está internada em estado grave, mas estável, na Unidade de Queimados do Hospital da Restauração. Foto: Reprodução/ Facebook
Ana Paula de Messias, de 32 anos, está internada em estado grave, mas estável, na Unidade de Queimados do Hospital da Restauração. Foto: Reprodução/ Facebook
O Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP) começa a investigar nesta quarta-feira a agressão sofrida pela cozinheira Ana Paula de Messias, de 32 anos. Ela está internada com quadro estável, na Unidade de Queimados do Hospital da Restauração (HR), no Derby, após ter tido parte do corpo incendiada por um pano embebido em álcool por uma colega de trabalho. Casada, com duas filhas adolescentes e um menino de dois anos, ela é a saladeira do restaurante Aromas & Sabores, na Rua do Capital Lima, 176, Santo Amaro, Região Centro do Recife, onde almoçava após o atendimento ao público, quando foi atacada por outra funcionária.

Na noite desta terça-feira, a delegada Gleide Ângelo foi ao hospital e conversou com a vítima.De acordo com a assessoria de comunicação do HR, a paciente foi submetida a troca de curativos na manhã desta quarta-feira e não tem previsão de alta. Ana Paula teve pouco mais de 20% do corpo afetado, na região dorsal.

“Eu havia baixado a cabeça e vi a aproximação de um vulto, mas pensei que ela estava passando, quando vi a confusão e a Ana Paula estava em chama. Depois vi um pedaço de pano embebido no álcool no chão e um cheiro muito forte de álcool”, contou o dono do restaurante, Douglas Garcia, 40. “Eu socorri e tentei apagar o fogo e estou com a mão queimada”, acrescentou, confessando ainda não entender o que houve.

Segundo informações do Posto Policial do HR, o incidente ocorreu às 14h47. Douglas Garcia tem certeza apenas que apenas ele, e as duas funcionárias permaneciam no restaurante, que já havia encerrado o atendimento ao público. “Nada sugeria que pudesse haver o que houve”, comentou, enquanto tratava a mão com água gelada. 

“Estou sem entender o que houve”, disse Douglas Garcia, acrescentando que a funcionária que atacou Ana Paula foi contratada por recomendação do antigo patrão, com quem trabalhara por quinze anos sem nenhum problema e se portava muito bem no trabalho, sempre chegando cedo, sendo competente, cozinhando muito bem. O dono do restaurante disse ter sido informado que há anos a agressora fora afastada do trabalho pelo antigo patrão por questão de saúde, mas depois disso retornou à ativa e era uma excelente profissional. 

No começo da tarde desta terça-feira tudo mudou. Douglas Garcia perdeu as duas funcionárias que tratava como “pulmão” do restaurante. Após providenciar assistência para Ana Paula, socorrida pelo esposo para o HR, soube que a colega foi para a porta da emissora de TV situada na mesma rua, e, depois, teria sido levada por um sobrinho. Ela tem um filho e é casada. “Não esperaria isso dela, não esperaria...”, desabafava. 

Até as 22h08 inexistia qualquer registro da ocorrência no Posto Policial do HR, onde o esposo da vítima, Rodrigo Falcão da Silva, foi orientado a prestar queixa do ataque ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Segundo informações do HR, Ana Paula foi atingida com álcool e depois teve fogo ateado, tendo sido internada consciente, sem lesões inalatórias, mas com muita dor.


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