Diario urbano Cidades atingidas pelas enchentes precisam de racionalização de recursos e tempo

Por: Jailson da Paz

Publicado em: 21/06/2017 07:27 Atualizado em: 21/06/2017 14:23

Some recursos curtos e experiência mínima de enfrentamento a desastres naturais. A junção daria em improviso, inevitavelmente. E é o que se consta em parcela das ações dos municípios atingidos pelas enchentes de maio. Neles, a vontade de ajudar está visível, mas não basta. Daí, conforme aponta recomendação do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), a importância de se instituir mecanismos para se maximizar os esforços. Em outras palavras, trabalho com racionalização de recursos e tempo. Bens estes preciosos para as prefeituras de Palmares, Maraial, Jaqueira, Ribeirão e Gameleira, alvos da recomendação, e indispensáveis para as centenas de famílias que dependem do estado para ir tocando a vida. A exigência dos promotores é que as prefeituras, em 10 dias, instalem comitês de Respostas aos Desastres Naturais e atualizem o Plano de Contingência de Proteção e Defesa Civil. Prazo razoável para problemas que não podem ficar à mercê da boa vontade de alguns e da calmaria da natureza. Essa, como neste ano, segue seu curso.

 

Cópia do Sertão
O trecho da BR-101, entre Paulista e Guabiraba, no Recife, vive dias de estrada do semiárido nordestino. Moradores de comunidades vizinhas à rodovia, devido à má conservação da BR, pedem ajuda aos motoristas em troca de metralha colocada nos buracos que surgiram após as últimas chuvas.

Recado manuscrito
Além de homens com pás e carro de mão com metralha, a BR-101 Norte tem cartaz reforçando o pedido de ajuda aos condutores que se deslocam no sentido Paulista/Recife. A mensagem manuscrita, pregada a um cone, é direta. Avisa que está se tapando bucacos e pede a colaboração, “por favor”.

Furto à beira-mar

Dois homens em uma moto são o novo terror do calçadão de Boa Viagem. Vítimas relatam que, ao se aproximar da beira-mar, o veículo reduz a velocidade e um dos assaltantes, apenas de boné, rouba quem estiver ao alcance. Câmeras públicas gravam tudo, embora os casos continuem sem desfecho.

Ninguém escapa

A poucos metros da BR-101, no Ibura, a Policlínica Arnaldo Marques se tornou alvo de ladrões, que já roubaram funcionários e pacientes da unidade. Crimes, em geral, à mão armada. Dias atrás, segundo denúncia do sindicato dos médicos, houve o sequestro relâmpago no estacionamento. O clima é de medo.
 
Branco na intenção
Perdeu a função o meio-fio amarelo da Praça Oswaldo Cruz, na Boa Vista. A pintura ocorreu na semana passada, conforme registrou a coluna, mas duas placas permitindo estacionamento no entorno da praça, do lado do Teatro Valdemar de Oliveira, foram afixadas nos dois extremos do logradouro.

Erosão no parque

As chuvas recentes acentuaram a erosão no Parque Metropolitano Armando de Holanda Cavalcanti, no Cabo. Preocupa os ambientalistas, o trecho abaixo do farol, onde fendas no terreno se ampliaram e a água arrastou blocos de vegetação. A situação tende a piorar sem recuperação ambiental.

Tempo dos dinossauros
Em Paulista, um acordo de cooperação técnica entre a UFPE e a Votorantim vai dar visibilidade ao geossítio da Pedreira Poty. No lugar, pesquisadores encontraram fósseis relacionados ao impacto do tsunami, provocado pela queda de um meteoro há 65 milhões de ano, que levou à extinção dos dinossauros.



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