Inverno
Prefeitura vai instalar 3,3 milhões de m2 de lonas para conter barreiras
Do início do ano até agora foram instalados 1,3 milhão de metros quadrados de lona em quase seis mil pontos. A meta é 3,3 milhões de m2
Por: Tânia Passos - Diário de Pernambuco
Publicado em: 24/05/2017 07:27 Atualizado em: 24/05/2017 07:41
Para grande parte da população, a chuva traz transtornos principalmente no trânsito com as ruas alagadas, mas para um um terço dos moradores do Recife, que vivem nos morros, dia de chuva é também de medo. A Defesa Civil do município tem um mapeamento de 15 mil pontos de risco nos altos da cidade e para evitar desabamento das encostas, uma das estratégias é cobrir o solo com lonas plásticas. O que parece improviso, à primeira vista, tem salvado vidas. A lona impermeabiliza o solo e impede que ele fique encharcado pela chuva.
Desde o início do ano, quase seis mil pontos de risco foram cobertos por lonas nas áreas de morro. O mar de lona preta já chega a 1,3 milhão de metros quadrados e a estimativa é de chegar a 3,3 milhões de metros quadrados antes do fim do período chuvoso nos 15 mil pontos mapeados. E não basta só cobrir. É preciso fazer a reposição do material pelo menos uma vez por mês. “A tendência a cada ano é de redução dessas áreas de risco com as soluções definitivas a exemplo dos muros de arrimo, mas enquanto isso a lona tem se mostrado bastante eficiente”, explicou Erick Andrade, chefe de Engenharia da Regional Noroeste, que atende 54 localidades e uma população de 150 mil habitantes.
Quando a chuva começa, dona Marilena Correia, 54 anos, fica de olho na encosta, nos fundos da casa, onde mora há mais de 40 anos, no Alto do Bonifácio, em Casa Amarela.“Essa barreira já caiu uma vez, quando o meu filho mais velho tinha 10 anos. Ele ficou soterrado, mas eu e os vizinhos conseguimos tirá-lo com vida”, contou a mãe.
Apesar de ter uma barreira a poucos metros da porta de sua casa, dona Marilena só se preocupa com a que fica por trás da casa. O mesmo acontece com o porteiro Rogério Lima, 47 anos. Entre a porta da casa dele e a barreira há um espaço de menos de meio metro, mas ele também se preocupa com a de trás. “Eu tenho medo de cair na minha cabeça. A da frente não me preocupa”, contou
Este ano, até agora, não houve nenhum desabamento com vítimas. Em 2016 ocorreram dois deslizamento de barreiras com vítimas fatais, sendo um no Córrego do Euclides e outro no bairro de Passarinho, ambos na Zona Norte.
A capital pernambucana está dividida em cinco regionais, sendo apenas uma para as áreas planas. O trabalho da defesa civil inclui também o porta a porta para conscientizar os moradores sobre práticas seguras. De janeiro até abril foram quase 13 mil visitas nas casas e 211 ações educativas nas escolas.
ALERTA
A Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) emitiu ontem um alerta para a possibilidade de chuvas com intensidade de moderadas a fortes para o Recife da madrugada ao dia de hoje. A Defesa Civil do Recife orienta os moradores de áreas de risco a ir para locais seguros. Ou ligar em caso de emergência para 0800 081 3400.
Desde o início do ano, quase seis mil pontos de risco foram cobertos por lonas nas áreas de morro. O mar de lona preta já chega a 1,3 milhão de metros quadrados e a estimativa é de chegar a 3,3 milhões de metros quadrados antes do fim do período chuvoso nos 15 mil pontos mapeados. E não basta só cobrir. É preciso fazer a reposição do material pelo menos uma vez por mês. “A tendência a cada ano é de redução dessas áreas de risco com as soluções definitivas a exemplo dos muros de arrimo, mas enquanto isso a lona tem se mostrado bastante eficiente”, explicou Erick Andrade, chefe de Engenharia da Regional Noroeste, que atende 54 localidades e uma população de 150 mil habitantes.
Quando a chuva começa, dona Marilena Correia, 54 anos, fica de olho na encosta, nos fundos da casa, onde mora há mais de 40 anos, no Alto do Bonifácio, em Casa Amarela.“Essa barreira já caiu uma vez, quando o meu filho mais velho tinha 10 anos. Ele ficou soterrado, mas eu e os vizinhos conseguimos tirá-lo com vida”, contou a mãe.
Apesar de ter uma barreira a poucos metros da porta de sua casa, dona Marilena só se preocupa com a que fica por trás da casa. O mesmo acontece com o porteiro Rogério Lima, 47 anos. Entre a porta da casa dele e a barreira há um espaço de menos de meio metro, mas ele também se preocupa com a de trás. “Eu tenho medo de cair na minha cabeça. A da frente não me preocupa”, contou
Este ano, até agora, não houve nenhum desabamento com vítimas. Em 2016 ocorreram dois deslizamento de barreiras com vítimas fatais, sendo um no Córrego do Euclides e outro no bairro de Passarinho, ambos na Zona Norte.
A capital pernambucana está dividida em cinco regionais, sendo apenas uma para as áreas planas. O trabalho da defesa civil inclui também o porta a porta para conscientizar os moradores sobre práticas seguras. De janeiro até abril foram quase 13 mil visitas nas casas e 211 ações educativas nas escolas.
ALERTA
A Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) emitiu ontem um alerta para a possibilidade de chuvas com intensidade de moderadas a fortes para o Recife da madrugada ao dia de hoje. A Defesa Civil do Recife orienta os moradores de áreas de risco a ir para locais seguros. Ou ligar em caso de emergência para 0800 081 3400.
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