Por: Diario de Pernambuco
Publicado em: 20/04/2017 09:51 Atualizado em: 20/04/2017 19:40
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Um policial civil, o agente Sílvio Gomes da Silva, lotado na Delegacia de Polícia de Água Fria, e dois policiais militares, o soldado Raul César Félix de Moura e o cabo Cléberson Felipe dos Santos, ambos lotados no batalhão especializado da Rocam foram presos durante a 'Operação Cães de Fu’ deflagrada nesta quinta-feira para cumprir os três mandados de prisão temporária e seis de busca e apreensão, expedidos pela 7ª Vara Criminal do Recife.
De acordo com as investigações, realizadas pela Delegacia de Crimes contra a Administração e Serviços Públicos, os policiais agiam no Centro do Recife. Pelo menos uma vítima foi identificada, um comerciante chinês que atua no Camelódromo. "São bandidios travestidos de policiais. Eles identificaram o empresarial onde o comerciante chinês armazenava as mercadorias e subtraíram os produtos. Nas imagens fica clara a dinâmica do crime. Caso na extorção a vítima não cedesse, eles partiam para a violência, o constrangimento e chegavam ao uso de armas de fogo. Os assaltos vinham sendo cometidos por esses policiais desde agosto de 2016, inclusive usando a farda", explicou o chefe da Polícia Civil de Pernambuco, Joselito Amaral.
Amaral acrescentou que é importante que pessoas que tenham sido vítimas façam a denúncia junto à Delegacia de Crimes contra a Administração e Serviços Públicos. Na casa do policial civil, que estava de licença médica, foram encontradas mercadorias e uma arma de fogo sem registro e por isso ele também foi autuado por porte ilegal de arma. Durante a operação ainda foi apreendida uma grande quantia em dinhero. "As buscas continuam. A partir das prisões, vamos fazer o levantamento da fichas funcionais dos profissionais, que estão respondendo por rouboe poderão ser afastados após o término das investigações", disse o delegado.
Os presos e materiais apreendidos foram levados para o Grupo de Operações Especiais (GOE), no Cordeiro, na Zona Oeste da cidade. O comandante da Polícia Militar, Vanildo Maranhão, disse que o PM que teve a prisão preventiva de cinco dias será transferido para o Creed para aguardar decisão da Justiça e do processo que está sendo movido no Conselho de Disciplina da PM, que tem o prazo de 60 dias para conclusão.
A operação está sendo coordenada pela delegada Patrícia Domingos, com apoio dos núcleos de inteligência. Participaram dos trabalhos 60 policiais civis, entre delegados, agentes e escrivães, apoiados por policiais militares.
