Controle Urbano Orla de Olinda terá reforço na segurança e operação de reordenamento Efetivo da Guarda Municipal duplicará nos fins de semana. Data da operação de reordenamento não foi divulgada.

Publicado em: 23/03/2017 20:35 Atualizado em: 23/03/2017 20:47

Crédito: Gabriel Melo/Esp.DP (Crédito: Gabriel Melo/Esp.DP)
Crédito: Gabriel Melo/Esp.DP
Depois de seguidos episódios de violência, a orla de Olinda terá reforço no sistema de segurança a partir deste fim de semana. O número de guardas municipais operando nas praias será duplicado, saltando de seis para 12. Também haverá a instalação, aos sábados e domingos, de uma central de monitoramento com  câmeras e trabalho coordenado com a Polícia Militar, para coibir as investidas criminosas. A ação faz parte de uma operação de reordenamento da orla, entre Bairro Novo e Rio Doce, desencadeada pela prefeitura do município.

A central de monitoramento será instalada, a partir deste sábado, nas imediações da Praça Duque de Caxias, conhecida como a praça do quartel. O ônibus, equipado com três monitores receberá as imagens captadas por 10 câmeras instaladas do lado de fora do veículo. Irão operar o serviço dois guardas municipais do lado interno e outros três do lado externo do ônibus. Os guardas terão o apoio de um veículo, duas motocicletas e um rádio para acionar a Polícia Militar quando necessário.

“A orientação que nos foi dada é usar a maior quantidade de meios para fazer um trabalho integrado com a PM. Nós resolvemos colocar a base, pois, além de ter visualização da área, teremos um ponto base para coordenar as ações”, explicou o secretário de Segurança Urbana de Olinda, o coronel Pereira Neto. A população também poderá se direcionar à base móvel caso perceba alguma ação ou identifique uma situação suspeita.

Durante os fins de semana, o efetivo de  guardas municipais atuará das 5h às 22h. Já durante os dias úteis, com equipe incrementada, eles atuarão das 5h às 8h e das 16h às 22h.

O reordenamento, por sua vez, não teve data de início divulgada. A iniciativa envolve nove secretarias e visa realizar um diagnóstico de problemas de controle urbano na orla da cidade. Serão multadas pessoas que estacionarem em local proibido, como em cima da ciclovia, e aqueles ambulantes que utilizarem as vagas de estacionamento para guardar objetos ou estacionar as barracas. Também haverá orientação com a vigilância sanitária sobre o manejo e acondicionamento de alimentos e bebidas. E a orientação de ciclistas para usarem apenas a ciclovia.

Desde 2011, Olinda mantém regras a partir de uma portaria para os comerciantes da orla. Segundo o documento, cada barraqueiro só pode ter 40 cadeiras e 10 mesas de plástico, além de 10 cadeiras de alumínio dobráveis. É vedado ainda o uso de fogão, fogareiro, botijão de gás, copos de vidro, panelas e facas. A ação identificará descumprimentos dessa legislação e fará um novo cadastramento dos comerciantes.

A operação desativará ainda banheiros químicos instalados de forma irregular na faixa de areia e também fechará as paredes dos banheiros públicos instalados junto aos quiosques no calçadão, mas sem uso. A ideia é que, no futuro, seja lançada nova licitação para operação de quatro quiosques fechados e seus respectivos banheiros.

“Com base no levantamento, vamos fazer um plano de ação para a orla. Vamos planejar uma forma de melhoria, o que dependerá da lei urbanísitica da cidade”, disse o secretário de Meio Ambiente Urbano e Natural da cidade, André Botelho.

No último fim de semana, um homem foi assassinado na orla de Bairro Novo, por volta das 12h. Ele levou cerca de 12 tiros e morreu no local. Os suspeitos foram presos em flagrante por uma equipe da polícia que passava na hora. No dia 29 de janeiro, um homem morreu e outro ficou ferido após uma confusão em uma barraca, em Casa Caiada.

Comerciantes e frequentadores das praias de Olinda reclamam da falta de segurança. “É muita violência. Há público, mas falta iluminação e policiamento. Evito vir à noite, principalmente sozinha”, contou a estudante Ana Carolina Dantas, 23 anos. “A limpeza tem melhorado, mas é preciso policiamento ostensivo para inibir os malandros. Passamos a fechar mais cedo por causa da violência”, explicou a comerciante Renata frança, 30.

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