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Protesto Mobilização desta sexta-feira não deve interromper serviços públicos Escolas das redes estadual e municipal funcionam normalmente. Metrô e ônibus não vão parar.

Publicado em: 30/03/2017 19:06 Atualizado em: 30/03/2017 20:45

Nesta sexta-feira, os movimentos sindicais em Pernambuco vão se reunir em um novo ato contra as propostas em tramitação no Congresso Nacional de retirada de direitos da classe trabalhadora. A manifestação, porém, não deve afetar serviços públicos. De acordo com os sindicatos dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe) e dos Professores do Recife (Simpere), não haverá fechamento de escolas das redes estadual e municipal por causa do ato. As categorias foram convocadas a participar do protesto, mas não há orientação para paralisação.

Os metroviários também garantiram que o metrô vai funcionar normalmente nesta sexta. O Sindicato dos Rodoviários de Pernambuco também não convocou paralisação. A Central Única dos Trabalhadores (CUT) informou que a paralisação só deve acontecer na Greve Geral, marcada para 28 de abril.

Por outro lado, vários colégios da rede particular de ensino do Recife não terão atividades para que os funcionários possam participar do ato. As famílias já foram comunicadas por meio de informativos, como este, do Instituto Capibaribe:

Caras Famílias,
Na próxima sexta-feira, dia 31 de março, haverá o Dia Nacional de Mobilização, convocado por diversas organizações sociais.
Entendemos que esta chamada importa a todos(as) trabalhadores(as) e transcende a questões partidárias. É a expressão da indignação do povo brasileiro diante dos retrocessos educacionais, sociais e trabalhistas que o atual governo parece irredutível em implantar, e que penalizarão, gravemente, a toda população brasileira.
Diante de tais acontecimentos, não cabe a indiferença. Coerentes com a nossa crença na democracia e na defesa de uma sociedade mais justa, decidimos, então, suspender as aulas nesse dia, para os(as) profissionais da escola participarem desse ato de cidadania.
Convidamos vocês a participarem conosco.
Equipe do Instituto Capibaribe


Outras instituições particulares de ensino, como o Colégio Apoio, a Escola Parque e a Escola Arco Íris também liberaram os professores para participarem da manifestação do Dia Nacional de Luta, que terá mobilizações em todo o país. No Recife, a concentração está marcada para as 15h, na Praça da Independência,  conhecida como Pracinha do Diario, no bairro de Santo Antônio. Em Caruaru, a concentração começa mais cedo, às 8h, em frente ao Grande Hotel.

As centrais sindicais lutam contra a aprovação das terceirizações, a Reforma da Previdência e a Reforma Trabalhista. O movimento está sendo organizado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe), Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (Simpere), Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Jaboatão dos Guarapes (Sinproja), Sindicato dos Professores do Cabo de Santo Agostinho (Sinpc) e pelo Sindicato dos Professores da Rede Municipal de Olinda (Sinpmol).

De acordo com CUT em Pernambuco, o ato servirá para organizar a classe trabalhadora para a greve geral, que deve ocorrer no dia 28 de abril. Durante esse período, os sindicatos realizarão assembleias, reuniões, plenárias e manifestações nas empresas, portas de fábricas e locais de trabalho. “Estaremos na rua contra as reformas da Previdência e Trabalhista e contra o projeto de lei (PL 4302) que permite a terceirização sem limites nas atividades fins das empresas privadas e dos serviços públicos. Por tudo isso, toda a classe trabalhadora tem motivo para ir às ruas no dia 31 de março. É hora de reagir e combater a terceirização ilimitada, a PEC 287 (Reforma da Previdência) e o PL 6787 (Reforma Trabalhista) que rasga a CLT” pontuou o presidente da CUT-PE, Carlos Veras.

Segundo Veras, o único caminho para a mudança é a luta e a resistência. “O que pode alterar o cenário que vivemos atualmente é o nosso calendário de lutas, a começar pelo dia 31 de março, de luta e a paralisação rumo à greve geral no dia 28 de abril contra retirada de direitos. "É hora conversar nos locais de trabalho, na igreja, nas escolas, nas universidades, e mostrar à população que se não nos mobilizarmos, todos os direitos serão jogados fora. Hoje, estamos mais fortes do que antes do dia 15 de março”, destacou.

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