Local Diario urbano: Propostas à mesa Ao invés de insistirem no aumento zero nas passagens, os usuários apresentarão proposta alternativa a das empresas, que defendem reajuste de até 33,9%

Por: Jailson da Paz

Publicado em: 06/01/2017 07:08 Atualizado em:

A reunião do Conselho Superior de Transporte Metropolitano desta sexta-feira, quando será votado o percentual de reajuste das tarifas de ônibus, fugirá ao roteiro dos últimos anos. Os representantes dos usuários mudaram de estratégia. Ao invés de insistirem no aumento zero nas passagens, apresentarão proposta alternativa a das empresas, que defendem reajuste de até 33,9%. Com o aumento zero, marcavam posição, mas sem emplacá-lo. 

Os percentuais aplicados em anos recentes não foram os reivindicados pelas empresas, porém acima da inflação e defendidos pelos representantes do poder público como um meio termo às propostas das outras duas partes do conselho. Foram 12,93% em 2015 e 14,42% no ano passado. Para hoje, os representantes dos usuários vão propor acréscimo de 7%, baseados em um dos índices calculados pelo IBGE, o IPCA, e a unificação dos anéis em um, o “A”. O valor do anel único passaria de R$ 2,80 para R$ 3,00, enquanto pela proposta do sindicato empresarial ficaria em R$ 3,75. São propostas distantes, mas capazes de gerar um bom debate. E que haja.
 
Barulho prometido
Muito ou pouco, barulho será feito hoje pela manhã em frente ao Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda. Enquanto o Conselho Superior de Transporte Metropolitano discute o reajuste das tarifas de ônibus, a Frente de Luta pelo Transporte Público, realiza ato convocado pelas redes sociais.
 
Os dois lados da história
JUSTO
“Tudo aumentou e aumentar as passagens é uma coisa justa. O que não concordo é reajustar as tarifas com um valor acima do percentual dado aos salários de quem trabalha e para as passagens”, disse Epitácio Borges, motorista.
 
NADA
“A passagem já é cara pelo que é oferecido na Região Metropolitana. Os ônibus demoram e não têm conforto. Falta ar-condicionado. Acho que não deveria se dar reajuste”, afirmou Renata Carneiro, operadora de telemarketing.
 
Fogo nas margens
Os incêndios frequentes nas margens da Via Mangue, no trecho do Pina, despertam a curiosidade de quem trafega pela via expressa. Motoristas e moradores da área notaram que, terminado o fogo, surgem as ocupações. As palafitas se multiplicam no ritmo dos crustáceos em poucas horas e dias.

Perigo à noite
Nem pagas a ouro, as mulheres que moram em Ouro Preto e nos Bultrins, em Olinda, andam sozinhas pela Avenida Pan Nordestina depois de escurecer. A iluminação pública é deficiente em quase todo o trecho entre a Avenida Joaquim Nabuco, em Guadalupe, e o Terminal Integrado da PE-15, em Ouro Preto.

Gesto solidário
Com as doações em baixa nesta época, o Núcleo de Apoio à Criança com Câncer (NACC) arruma as contas com doações inesperadas como a recebida do Sindicato dos Médicos de Pernambuco. Quase uma tonelada de alimentos foi entregue ao núcleo. As doações caem cerca de 35% no começo do ano.
 
Rio de Tabira
As chuvas renovaram o pasto no leito do Rio Capibaribe, em Passira, na Mata Norte. O gado, criado à solta ou à corda curta, voltou a encontrar alimento, mas a água continua limitada a filetes e a pequenas poças.


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