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Esta tarde PM divulga esquema de policiamento para as provas do Enem Realização do exame, no entanto, ainda é uma incógnita. Ontem, o Ministério Público Federal do Ceará pediu a suspensão do exame

Por: Diario de Pernambuco

Publicado em: 03/11/2016 09:22 Atualizado em: 07/11/2016 18:26

A Polícia Militar de Pernambuco divulga nesta quinta-feira o esquema de policiamento para as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que devem ser realizadas nos próximos sábado e domingo. A entrevista coletiva, marcada para as 16h no salão nobre do Quartel do Derby, será concedida pelo major Delmiro, coordenador de Segurança do Enem em Pernambuco.

A realização do exame, no entanto, ainda é uma incógnita. Ontem, o Ministério Público Federal do Ceará (MPF-CE) pediu a suspensão do Enem. O procurador da República Oscar Costa Filho, autor do pedido, argumenta que o adiamento da prova para mais de 190 mil candidatos fere o princípio da isonomia.
Anunciado esta semana pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o adiamento foi provocado pela ocupação nas escolas onde os alunos deveriam fazer as provas. Somente em Pernambuco, 13,5 mil estudantes foram afetados. Nos estado há pelo menos 16 prédios ocupados.
O problema, segundo o procurador, estaria no fato de não poder ser aplicada a teoria da resposta ao item (TRI) à prova de Redação, prejudicando a igualdade entre os concorrentes. “As provas objetivas seguem a TRI, o que equilibra as chances. Mas as redações não. Isso prejudicaria os candidatos. Logo a Redação que, muitas vezes, decide a classificação”, sustenta o procurador.
Por causa da urgência, a ação deverá ser julgada até amanhã, véspera do início da seleção. O juiz Ricardo Cunha Porto, da 8ª Vara da Justiça Federal, no Ceará, vai analisar o pedido. Caso o resultado seja positivo, vai valer para todo o Brasil.
Como opção para evitar a suspensão do Enem, o procurador sugere, na ação, que o Inep adie a aplicação da Redação para todos os candidatos, e não só para os 191 mil que fariam exame nas escolas em que há ocupações. “Peço que o juiz determine que o Inep adote as providências. Aí ele pode adotar o que ele quiser. Pode fazer a prova objetiva e deixar só a Redação para fazer depois, todo mundo junto, ou pode levar todo mundo para os dias 3 e 4 (de dezembro)”, sugere Oscar Costa Filho.
Em seu site, o Inep informou que solicitou à Advocacia Geral da União que “apresente para a Justiça Federal os fatos que demonstram o grave equívoco na argumentação apresentada pelo Procurador da República Oscar Costa Filho, do Ceará”.
A nota diz ainda que “todo ano, o Enem realiza dois tipos de prova e, consequentemente, duas redações. As provas do Enem têm o mesmo princípio da equivalência garantindo igualdade de condições a todos os inscritos. É lamentável qualquer tentativa que venha gerar insegurança e tumultuar um Exame que afeta a vida de 8,6 milhões de estudantes e seus familiares”.

Método
Segundo a Teoria de Resposta ao Item (TRI), usada na correção do Enem, o valor de cada questão varia conforme o percentual de acertos e erros dos estudantes naquele item. Assim, um item em que grande número dos candidatos acertaram será considerado fácil e, por essa razão, valerá menos pontos. Já o estudante que acertar uma questão com alto índice de erros ganhará mais pontos por aquele item.
Não é possível calcular a nota final apenas contabilizando o número de erros e acertos em cada uma das provas. Um candidato que acerta o mesmo número de questões que outro não significa que terão a mesma pontuação. O estudante só tem como saber a nota final no Enem quando o resultado sair. (Agência Estado e Agência Brasil)


Números:


16.476
locais de prova

304
locais ocupados

1.727
municípios com aplicação

126
municípios têm locais ocupados

27
estados onde haverá provas

20
estados com locais ocupados

8.627.194
de inscritos

191.494
participantes serão afetados

928
locais de provas do
Enem no estado

447.319
participantes

16
locais ocupados

13.581
participantes afetados



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