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Ensino Enem é suspenso no campus da UPE em Nazaré da Mata devido à ocupação estudantil Medida foi tomada mesmo depois que manifestantes se comprometeram a suspender o movimento para a realização do exame

Publicado em: 01/11/2016 22:45 Atualizado em: 07/11/2016 18:26

Ocupação começou no último dia 20. Foto: Alternativa FM AMUNAM/Reprodução
Ocupação começou no último dia 20. Foto: Alternativa FM AMUNAM/Reprodução
Devido à ocupação do campus da Universidade de Pernambuco de Nazaré da Mata, a prova do Enem, que deveria acontecer neste final de semana, foi suspensa. Apesar de professores e alunos terem se comprometido a desocupar a unidade de ensino para a realização do exame, o Ministério da Educação optou por adiar a prova para os dias 4 e 5 de dezembro, quando já está prevista a realização das provas do Sistema Seriado 1 da UPE.

Os dois blocos que abrigam sete cursos no campus de Nazaré foram ocupados por estudantes no último dia 20. Cerca de 50 alunos se concentram pacificamente no local e realizam atividades sociopolíticas diariamente na universidade e também em áreas de grande circulação do município, como a feira pública. Os debates são orientados pelos professores e versam a respeito da atual conjuntura nacional.

A mobilização dos estudantes é contra a aprovação da PEC 241, que prevê o congelamento dos investimentos em educação, saúde e assistência social por 20 anos, e também contra a Medida Provisória 746, que prevê a reforma no ensino médio.

Em assembleia com professores e estudantes, os manifestantes decidiram que o prédio seria desocupado para a realização da prova do Exame Nacional do Ensino Médio e, posteriormente, voltaria a ser tomado, mas não houve acordo com o MEC. "Os universitários se comprometeram em suspender a ocupação temporariamente porque ninguém queria prejudicar os estudantes, mas não teve jeito. Agora, a nova data vai coincidir com as provas do nosso sistema seriado. Ainda não sabemos como esse impasse será resolvido", explicou a diretora do campus Mata Norte, professora Auxiliadora Campos.

A Polícia Militar não está no prédio, mas monitora o movimento estudantil diariamente.

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