Transporte Pane no metrô causa atrasos e transtornos na Linha Sul Por conta disso, as estações da linha centro só abriram as portas às 5h15, com 15 minutos de atraso e os trens passaram a circular mais devagar

Por: Diario de Pernambuco

Publicado em: 31/08/2016 08:06 Atualizado em: 31/08/2016 10:05

Os usuários do metrô do Recife vivem mais um dia de transtornos e incertezas nesta quarta-feira. Um problema na sinalização do sistema de segurança de tráfego durante a madrugada motivou a troca de disjuntores na área entre as estações Recife e Joana Bezerra. No entanto, de acordo com a assessoria da CBTU/Metrorec, após o serviço, o sistema apresentou falhas na sinalização de um trecho longo de quatro quilômetros.

Por conta disso, as estações da linha centro só abriram as portas às 5h15, com 15 minutos de atraso e os trens passaram a circular com a chamada velocidade de manobra, entre 10 km/h e 15 km/h. Além disso, o número de composições foi reduzido de 14 para 11 veículos. O intervalo entre as viagens aumentou de cinco para oito minutos na linha centro e de 10 para 20 minutos nos ramais Camaragibe e Jaboatão. Técnicos estão atuando na área, mas ainda não há previsão para normalização do serviço.

Metroviários realizam assembleia nesta tarde

Além disso, os metroviários realizam uma assembleia geral às 17h, na Estação Central. Ontem, reinvidicando segurança, melhores condições de trabalho e o pagamento de salários atrasados, os vigilantes que atuam nas estações de metrô e BRT do Recife realizaram um protesto. O grupo de cerca de 150 trabalhadores, entre funcionários terceirizados e contratados diretamente, se reuniu na Estação Central do Recife logo no início da manhã, seguindo para a sede da CBTU/metrorec, no bairro Jardim São Paulo.


Representantes da CBTU/Metrorec, da empresa BBC Segurança e uma comissão formada por seis vigilantes se reuniram ainda hoje. Na ocasião foi feita a promessa de pagameto até a próxima sexta-feira. De acordo com o Metrorec, o que só não foi feito por conta do não recolhimento das guias por parte da empresa terceirizada.

Os trabalhadores se queixam do atraso de mais de dois meses nos salários, além do ticket alimentação, o qual alguns funcionários não recebem há mais de seis meses, e até mesmo vale transporte. "Eu e vários colegas estamos acumulando dívidas. Meu nome está no SPC porque eu não recebo há quase três meses", desabafa o vigilante Fábio Rogério. Um outro grupo de funcionários, que não quiseram se identificar, também relata que frequentemente sofrem abusos morais e até mesmo ameaça de seus superiores. "Frequentemente somos forçados a dobrar o turno para substituir um colega, sob ameaça de demissão e sem jamais receber hora extra ou qualquer adicional pelo trabalho", relatam.

Em relação à segurança, o Metrorec garantiu estar investindo na compra de novas câmeras de monitoramento e na contratação de mais vigilantes. Também nesta terça-feira, o superintendente do órgão, Leonardo Vilar Beltrão se reuniu com a Secretaria de Defesa Social (SDS) para tratar do assunto.

De acordo com Sandro José, diretor dos Sindicato dos Vigilantes de Pernambuco (Sindesv-PE), nos últimos 15 dias, duas armas foram levadas em assaltos nas estações. "Nós exigimos segurança, principalmente. Melhores condições. Os plantões contam com apenas um vigilante no posto, e precisamos lidar com pessoas pergosas, armadas", explica.

Na manhã da segunda-feira, o vigilante Bianor José da Silva, de 51 anos, foi assassinado a tiros enquanto trabalhava na Estação Ipiranga. O vigilante, que estava em seu dia de folga e susbstituía um colega, foi baleado na cabeça e no pescoço. Bianor teve a arma roubada e morreu no local.

O crime aconteceu às 11h45. De acordo com informações da assessoria de comunicação da CBTU/Metrorec, dois suspeitos abordaram o segurança, enquanto outro dava cobertura em um carro, onde o trio fugiu. Horas após o crime, policiais militares prenderam o trio suspeito. Os três foram encaminhados para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). O metrô enviou ara a delegacia especializada imagens do circuito de segurança que vão ajudar a identificá-los e formalizar o flagrante. Bianor José era casado e trabalhava há quatro anos no sistema.



TAGS: metro pane recife
MAIS NOTÍCIAS DO CANAL