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Investigação Polícia investiga denúncia de estupros coletivos em Olinda durante o São João Uma mulher e um homem, ambos homossexuais, foram encontrados despidos e inconscientes no bairro de Passarinho

Por: Adaíra Sene

Publicado em: 29/06/2016 21:39 Atualizado em: 29/06/2016 21:44

Uma grave denúncia de estupros coletivos está sendo investigada pela Delegacia de Polícia da Mulher. Duas pessoas podem ter sido vítimas dos abusos durante as comemorações de uma festa junina em Olinda no último final de semana. Uma das vítimas, uma comerciante de 25 anos, já fez o exame sexológico e o resultado deve ficar pronto em até 30 dias. Três suspeitos de cometer os crimes já foram identificados.

A mulher foi encontrada despida e inconsciente ao lado de um rapaz também nu e desacordado no bairro de Passarinho, nos limites entre Recife e Olinda. Ambos participavam de uma festa de São João dos moradores da comunidade. Uma testemunha viu na hora em que a comerciante estaria sendo estuprada e chamou a esposa dela para pedir ajuda. "Ela estava na festa com a mulher, mas elas resolveram ir para casa. Pouco depois, a vítima voltou sozinha. Ela explicou que queria continuar bebendo e aproveitar porque a festa era na frente da rua em que elas moram", detalhou a delegada Ana Elisa Fernandes, que investiga o caso.  

"Ela bebeu, bebeu e apagou. A testemunha foi na casa em que elas moram e chamou a companheira para avisar o que estava acontecendo. A esposa correu e encontrou a vítima e o homem, que também é gay, caídos no chão. Ele também pode ter sido vítima do estupro coletivo. Ainda não podemos precisar quantos participaram dos abusos, mas temos três suspeitos já identificados", disse a investigadora.

O caso foi registrado ainda no fim de semana na Delegacia do Varadouro, em Olinda, mas foi levado para a Delegacia da Mulher na última segunda-feira. A delegada já intimou seis pessoas a prestar depoimento, mas elas ainda não foram ouvidas. "A gente ainda precisa levantar melhor a história. Temos muita coisa para descobrir. Eu ainda não sei em quanto tempo o exame sexológico vai ficar pronto, mas pedi muita urgência pela gravidade do caso". Ainda segundo a delegada, a vítima não apresentou sinais de agressão física e não teve nenhum de seus pertences roubados.

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