Saúde
Para fechar a boca e não ficar acima do peso
No Dia Nacional do Diabetes, especialistas alertam para a necessidade de controlar a alimentação
Por: Alice de Souza - Diario de Pernambuco
Publicado em: 26/06/2016 10:48 Atualizado em: 26/06/2016 10:50
Mais da metade dos brasileiros está acima do peso ideal. A quantidade de pessoas com excesso de peso no país cresceu 23% em nove anos. Em Pernambuco, estima-se a mesma proporção para excesso de peso e que 12% a 15% das pessoas tenham obesidadade. Essa situação pode ser um gatilho para várias doenças, dentre elas o diabetes. Cada quilo a mais aumenta em 16% as chances de desenvolver essa enfermidade. Hoje, Dia Nacional do Diabetes, os especialistas fazem o alerta para a necessidade de controlar a alimentação, sobretudo das crianças.
Até 2025, a Organização Mundial de Saúde (OMS) afirma que o mundo terá 2,3 bilhões de pessoas vivendo com sobrepeso, ou seja, um em cada três habitantes do planeta. Em paralelo a isso, crescem também os casos de diabetes. Nos últimos 30 anos, eles aumentaram quatro vezes. “O crescimento da obesidade significa o da diabetes. A obesidade causa resistência à insulina, pois o obeso precisa de quantidade de insulina maior para controlar a glicose. O organismo ‘cansa’ e então para de produzir a insulina”, explica a presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional Pernambuco e coordenadora do Real Endocrinologia (RHP), Maria Amazonas.
Segundo ela, o número de pessoas sem histórico na família e obesas desenvolvendo diabetes tem crescido. O grande problema é que metade dos diabéticos não sabe que tem a doença. A média de tempo para o diagnóstico é de 5 a 10 anos e quando muitos deles chegam aos serviços já é com comorbidades, como doenças cardiovasculares, por exemplo.
Com o aumento da obesidade em crianças menores de seis anos, também tem sido verificada nos consultórios a incidência de diabetes tipo 2 em crianças. No Brasil, porém, ainda não há registro oficial dessas estatísticas. Em algumas regiões dos Estados Unidos, já há estudos que mostram maior frequência de diabetes tipo 2 em crianças do que tipo 1, até então mais associada a essa faixa etária. A OMS estima que, até 2025, 75 milhões de crianças serão obesas.
A alimentação é colocada como um dos principais fatores para esse quadro. Dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional do Ministério da Saúde mostram que 40% das crianças entre 6 meses e 23 meses no Brasil consomem bebidas adoçadas. “É preciso controlar não só a quantidade, mas a qualidade das comidas. O desenvolvimento na infância leva às complicações mais precoces”, completa Maria Amazonas.
Para mudar esse quadro, é preciso investir em educação, garante o chefe da cirurgia geral do Hospital Santa Joana, Gilberto Pagnossin. “A obesidade é uma doença multifatorial, que é crescente. Reverter essa balança exige conscientização, educação, programas de governo, tratamento para as crianças”, diz.
O percentual de diabéticos obesos gira em torno de 50% a 60%. Gilberto Pagnossin ressalta ainda que, apesar de hoje ser garantida a indicação de cirurgia metabólica para pacientes obesos e diabéticos, ela só é indicada para aqueles com grau de obesidade acima de 2, depois de passar por uma rigorosa avaliação. Então, garantem os especialistas, é preciso criar consciência e investir na prevenção.
Até 2025, a Organização Mundial de Saúde (OMS) afirma que o mundo terá 2,3 bilhões de pessoas vivendo com sobrepeso, ou seja, um em cada três habitantes do planeta. Em paralelo a isso, crescem também os casos de diabetes. Nos últimos 30 anos, eles aumentaram quatro vezes. “O crescimento da obesidade significa o da diabetes. A obesidade causa resistência à insulina, pois o obeso precisa de quantidade de insulina maior para controlar a glicose. O organismo ‘cansa’ e então para de produzir a insulina”, explica a presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional Pernambuco e coordenadora do Real Endocrinologia (RHP), Maria Amazonas.
Segundo ela, o número de pessoas sem histórico na família e obesas desenvolvendo diabetes tem crescido. O grande problema é que metade dos diabéticos não sabe que tem a doença. A média de tempo para o diagnóstico é de 5 a 10 anos e quando muitos deles chegam aos serviços já é com comorbidades, como doenças cardiovasculares, por exemplo.
Com o aumento da obesidade em crianças menores de seis anos, também tem sido verificada nos consultórios a incidência de diabetes tipo 2 em crianças. No Brasil, porém, ainda não há registro oficial dessas estatísticas. Em algumas regiões dos Estados Unidos, já há estudos que mostram maior frequência de diabetes tipo 2 em crianças do que tipo 1, até então mais associada a essa faixa etária. A OMS estima que, até 2025, 75 milhões de crianças serão obesas.
A alimentação é colocada como um dos principais fatores para esse quadro. Dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional do Ministério da Saúde mostram que 40% das crianças entre 6 meses e 23 meses no Brasil consomem bebidas adoçadas. “É preciso controlar não só a quantidade, mas a qualidade das comidas. O desenvolvimento na infância leva às complicações mais precoces”, completa Maria Amazonas.
Para mudar esse quadro, é preciso investir em educação, garante o chefe da cirurgia geral do Hospital Santa Joana, Gilberto Pagnossin. “A obesidade é uma doença multifatorial, que é crescente. Reverter essa balança exige conscientização, educação, programas de governo, tratamento para as crianças”, diz.
O percentual de diabéticos obesos gira em torno de 50% a 60%. Gilberto Pagnossin ressalta ainda que, apesar de hoje ser garantida a indicação de cirurgia metabólica para pacientes obesos e diabéticos, ela só é indicada para aqueles com grau de obesidade acima de 2, depois de passar por uma rigorosa avaliação. Então, garantem os especialistas, é preciso criar consciência e investir na prevenção.
MAIS NOTÍCIAS DO CANAL
MAIS LIDAS
ÚLTIMAS
