Gripe Hoje é o Dia D para se proteger do H1N1 Grupos considerados prioritários podem procurar um dos 166 postos de vacinação na capital. Campanha ocorre em todo o país das 8h às 17h

Por: Diario de Pernambuco

Publicado em: 30/04/2016 08:16 Atualizado em: 30/04/2016 08:21

Hoje é o Dia D da campanha de vacinação contra o H1N1 em todo o país. No Recife, quem quiser se vacinar pode procurar um dos 166 pontos espalhados na cidade das 8h às 17h. As doses estarão disponíveis nas unidades de saúde da família (entre elas, as Upinhas), unidades básicas tradicionais, policlínicas e maternidades do Recife. Desde a segunda-feira, as vacinas estão sendo aplicadas no grupo prioritário, que inclui crianças de seis meses a cinco anos, gestantes, idosos, indígenas e pessoas portadoras de doenças crônicas ou outras enfermidades que comprometam a imunidade.

Somente no Recife, 50 mil doses já foram aplicadas até a quinta-feira. Para garantir um melhor controle logístico, a campanha não será levada para praças, supermercados e shoppings, como aconteceu em anos anteriores. A meta é vacinar pelo menos 80% do público-alvo, formado por cerca de 365 mil pessoas.
Em Olinda, 20 mil pessoas tomaram a vacina, quando em anos anteriores, nesse período, apenas um terço desse público tinha se imunizado.

Os grupos prioritários poderão se vacinar até 20 de maio. “A campanha tem o objetivo de reduzir as complicações, as internações e a mortalidade decorrentes das infecções pelo vírus da influenza, na população alvo para a vacinação”, reforçou o secretário de Saúde do Recife, Jailson Correia. Segundo ele, a circulação do vírus diminui consideralvelmente na população geral, ao imunizar o público-alvo. Entre março e abril, foram registrados quatro óbitos no Recife.
De acordo com a coordenadora do Programa Nacional de Imunização do Recife, Elizabeth Azoubel, as pessoas portadoras de doenças crônicas e em condições clínicas especiais devem apresentar uma declaração médica de que precisa receber a dose. “É bom levar uma prescrição do médico para evitar constrangimentos. Recebemos as vacinas do Ministério da Saúde e a quantidade é adequada ao público-alvo. Como há uma procura grande, estamos pedindo a declaração para evitar que a dose falte para essas pessoas”, explicou.
Pernambuco recebeu do Ministério da Saúde cerca de um milhão de doses da vacina. A expectativa é que mais 300 mil doses cheguem ao estado ainda hoje. Até o dia 20 de maio, a meta é imunizar no mínimo 80% do público total, formado por dois milhões de pessoas no estado, garantindo a prevenção contra três vírus da influenza: A H1N1, A H3N2 e B. Até a manhã de ontem, os municípios informaram ter vacinado 213 mil pessoas.

Contraindicações
A imunização é contraindicada para indivíduos com alergia grave ao ovo ou a qualquer outro componente da fórmula ou aqueles que apresentaram história de reação anafilática em dose anterior. Em caso de doenças agudas febris moderadas ou graves, é recomendado adiar a vacinação até a resolução do quadro. 

 

A vacinação contra influenza pode reduzir entre 32% a 45% o número de hospitalizações por pneumonias e de 39% a 75% a mortalidade global. Para quem mora em lares de idosos, o risco de pneumonia cai em cerca de 60%, o de hospitalização em 50% e o de morte em 68%. A vacina pode diminuir ainda 40% os casos de síndrome gripal. “A proteção contra a influenza dura cerca de um ano”, esclarece a coordenadora do Programa Estadual de Imunização da Secretaria Estadual de Saúde (PEI/SES), Ana Catarina de Melo. Ela ainda lembra que crianças que tomarem a vacina pela primeira vez devem receber a segunda dose 30 dias depois.

A influenza é uma infecção viral aguda que afeta o sistema respiratório. É de elevada transmissibilidade e distribuição global, com tendência a se disseminar facilmente em epidemias sazonais. A transmissão ocorre por meio de secreções das vias respiratórias da pessoa contaminada ao falar, tossir, espirrar ou pelas mãos, que após contato com superfícies recém-condicionadas por secreções respiratórias pode levar o agente infeccioso direto à boca, olhos e nariz.
Nos últimos três anos, a cobertura durante a campanha alcançou a meta. Em 2013, por exemplo, 87,12% do público-alvo foram vacinados. No ano passado, 81,96% do grupo prioritário receberam a vacina.



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