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Microcefalia Ausência de sistema impede notificação de zika Pernambuco continua registrando o zika como dengue, apesar de já se saber que os dois vírus motivam complicações diferentes nos pacientes

Por: Alice de Souza - Diario de Pernambuco

Por: Larissa Rodrigues - Diario de Pernambuco

Publicado em: 24/11/2015 15:03 Atualizado em: 24/11/2015 16:20

 (Arquivo Arquivo Wikipedia)
O zika vírus, apontado como a principal hipótese no aumento do número de casos de microcefalia no Brasil, ainda não é notificado em Pernambuco. O Brasil não dispõe de um sistema de informação para cadastro da doença, introduzida no país depois da Copa do Mundo. A ausência do sistema impede o cadastro pelas equipes de controle epidemiológico e pode comprometer o acompanhamento dos casos de microcefalia, caso comprovada a relação entre as duas. Em Pernambuco, por exemplo, o zika permanece sendo notificado como dengue.

“Muitas pessoas já tiveram dengue, então é pouco provável que haverá uma explosão de casos da doença no próximo ano. Porém, podemos ter mais casos de chikungunya e zika. Só que não temos como detectar o zika pela falta do sistema de informação”, lembrou a coordenadora de Controle da Dengue e Febre Chikungunya da SES, Claudenice Pontes.

Segundo ela, a única prevenção disponível hoje é o controle do mosquito vetor. O estado, porém, deverá fechar o ano com o índice de infestação mais alto que o planejado. “Temos hoje 61 municípios em situação de risco”, alertou Pontes. Pernambuco tem quatro casos confirmados de zika e 264 amostras coletadas, em unidades sentinela na RMR, em análise laboratorial.

A expectativa é de que o estado finalize o plano de combate ao mosquito, com ações para 2016, até o fim desta semana. O documento lançará mão de estratégias específicas para várias situações hipotéticas previstas, como surto e epidemias. "Com certeza, 80% dos casos notificados como dengue foram de zika", afirmou o pesquisador da Fiocruz Carlos Brito.



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