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Diario Urbano Trânsito caótico no Recife

Por: Jailson da Paz

Publicado em: 02/09/2015 07:18 Atualizado em: 02/09/2015 15:34

No casamento ruas e frota do Recife, a relação está sendo minada. Pudera.  Por mais que a matemática automobilística diga existir margem para a cidade ter a frota ampliada, evidências sinalizavam para outra margem. As vias estão abarrotadas a ponto de um acidente de pouca gravidade travar o trânsito em um raio de quilômetros. A colisão de dois carros no Viaduto Capitão Temudo, no Cabanga, mostrou isso. Em minutos, o tráfego de Boa Viagem e Pina desacelerou acima do habitual. Motoristas souberam da causa do congestionamento, porém era difícil fugir dele. Retornar à Avenida Domingos Ferreira, caminho obrigatório para a Imbiribeira. Por volta das 9h, na Avenida Boa Viagem, as filas alcançavam o 2º Jardim. E eu lá. Foram setenta minutos para fazer o percurso entre esse jardim e o lugar do acidente. Fiquei imaginando como ficariam tais endereços com execução da tal matemática automobilística. Estava nítido que o casamento ruas e frota vivia uma crise séria. Relação suportável por enquanto, embora beirando o limite – aquele que nos leva a fechar as portas do carro, a topar o volume do som, a cantar alto ou soltar alguns palavrões. Fiz isso ontem, admito. Trouxe um alívio momentâneo e incapaz de amenizar o cansaço das pernas após dirigir, entre a primeira e a segunda marchas, por mais de uma hora. E uma dose de calma, para enxergar o tamanho da enrascada em que entramos acreditando ser a melhor saída para a mobilidade.

 

Espelho meu

Se as palavras são insuficientes para convencer, o flagrante do fotógrafo Júlio Jacobina reforça a tese de que é possível se combater a violência com menos brutalidade e mais leveza. A imagem retrata um instante da formatura de 1.117 novos soldados da Polícia Militar, na última segunda- feira, no Derby.

Gato por lebre

Está aí um desafio para os agentes de trânsito. Um Fox preto trafega frequentemente pela a Avenida Recife fingindo ser uma ambulância. O proprietário do carro aciona a sirene nas horas de tráfego intenso. Enganados, condutores dos automóveis à frente abrem o caminho para o falso socorro médico. Um desrespeito.

Na faixa azul

Pelo visto na Rua Real da Torre, ajustes ou campanhas de educação no trânsito terão que ser feitos após a entrada em funcionamento do corredor exclusivo para ônibus. Invasões de carros pequenos na faixa azul são raras. Comuns são eles obstruírem o corredor quando, vindos das transversais, entram na Real da Torre.

Dois mundos

A estrada de chão batido para o Engenho Queimadas divide a Região Metropolitana e a Mata Sul. De um lado, Moreno. Do outro, Vitória de Santo Antão, com um lixão em que são despejados resíduos domésticos e animais mortos. Diversas vezes, moradores bateram à porta da prefeitura de Vitória. Sem sucesso.

Menos dez

É unânime o lamento das famílias da UPA do Cabo de Santo Agostinho com a redução do quadro médico da unidade. De uma vez, em nome da crise econômica, a equipe foi reduzida em dez pediatras. Alguns desses profissionais atendiam até cinquenta crianças por plantão. Muitas dessas vindas de outros municípios.



TAGS: recife frota ruas
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