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Violência Escola em Boa Viagem deve retomar aulas hoje, após dois dias fechada por causa de arrombamentos Dois suspeitos foram detidos

Publicado em: 19/08/2015 07:18 Atualizado em:

Dois suspeitos de arrombar a Escola Estadual Sargento Camargo, em Boa Viagem, por duas ocasiões em três dias, foram detidos na noite de ontem. Breno Silva, 24, e um adolescente de 16 anos levaram ar-condicionados, telefones, computadores, material didático e esportivo, um micro-ondas, comida da merenda escolar, pertences dos professores e dinheiro da tesouraria. Deixaram um rastro de destruição na unidade, de 360 alunos, e provocaram a suspensão das aulas ontem e na segunda-feira.
As atividades serão retomadas hoje, após um mutirão de arrrumação feito por professores e a comunidade. A Secretaria de Educação se comprometeu a substituir os materiais o mais rápido possível.

Breno, ex-presidiário, foi autuado e mantido sob custódia, assim como o adolescente. Ambos foram detidos por policiais do 19° Batalhão da PM, em Boa Viagem. A polícia recuperou dois notebooks, um micro-ondas e parte da merenda escolar que tinham sido receptados no Ibura.

Na primeira investida criminosa, na madrugada da segunda-feira, os suspeitos pularam o muro da instituição e arrombaram as portas. Na segunda, ontem de madrugada, entraram por brechas no telhado. Destruíram armários, espalharam documentos pelos corredores, danificaram a cozinha e a despensa, jogaram a comida da merenda no chão da cozinha e defecaram na sala da diretoria. Todos os armários da sala dos professores também foram encontrados abertos.

O crime foi primeiramente constatado pela gestora adjunta da instituição, Janeide Costa, quando chegou à escola na segunda-feira. No dia da primeira invasão, representantes do colégio pediram ao governo do estado mais segurança aos estudantes e funcionários da rede pública. Mas, antes mesmo de alguma medida ser tomada, os bandidos invadiram novamente o local.

“Estamos nos sentindo inseguros”, disse a diretora da escola, Soraize Melo. Ainda segundo ela, o vigilante só fica no colégio durante os turnos da manhã e tarde. À noite, o local vira um alvo mais fácil para ações criminosas. Segundo Soraize, a escola deve retomar as aulas o mais cedo possível. A professora Patrícia Lemos ficou desolada. “Não sei como vou trabalhar agora. Fiquei sem meus materiais esportivos, tudo foi levado”, lamentou.

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