Celebração Basílica da Penha será reaberta neste domingo Igreja voltará a funcionar após quase oito anos da interdição feita pela Defesa Civil. Dom Fernando Saburido celebrará missa solene às 17h

Publicado em: 05/07/2015 08:45 Atualizado em:

 (Foto: Bruna Monteiro/DP/D.A Press (Arquivo))

A Basílica da Penha, localizada na Praça Dom Vital, no bairro de São José, será reaberta às 17h deste domingo com celebração solene do arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido. Na ocasião, o religioso dará a benção ao local e fará a dedicação de seu altar mor, um ritual na qual o ungirá com óleo de crisma, além de derramar um fogareiro e incensá-lo.

A reabertura da igreja acontece sete anos, dez meses e três dias depois de sua interdição total realizada pela Defesa Civil do Recife. Os dias são todos contados pelo reitor da Basílica, o frei capuchinho Luís França, que veio de Caruaru em 2007 para o Recife, encarregado de liderar a reforma do templo.

Quando chegou ao local, os corredores estavam interditados há dois anos, as galerias haviam caído e o deambulatório, a passagem por trás do altar central, apresentava 70% de escoramento. “O cupim havia derrubado o púlpito. Tudo precisou ser refeito e, muitas vezes, trabalhamos com surpresa que mudavam o rumo do trabalho”, explicou frei França. “Prevíamos a retirada de uma tinta e descobríamos que a cor original era outra, com detalhes complexos. No final da restauração, tudo ficou como era antes.”

Para o frei, é difícil escolher algo que considera mais precioso no templo. Com esforço, ressalta o trono de madeira que coroa o altar principal da Basílica da Penha. Esculpido em madeira em 1878 pelo veneziano Valentino Besarel, a obra parece ter uma cortina de tecido. O altar, curiosamente, não passou por restauração. Por não correr risco de desabamento, os 16 altares e o altar mor serão recuperados em um futuro cuja data ainda não foi decidida.
 
Com o fim da restauração do interior do templo, a atenção do reitor se volta para a recuperação das duas torres sineiras. Durante quatro meses, foi realizado um projeto executivo de diagnóstico e recuperação das torres que prevê o gasto de R$ 2,7 milhões. Os capuchinhos estão preparando uma peça jurídica que formaliza um convênio entre Fundarpe e Defesa Civil para captar R$ 2 milhões e dar início às obras.


MAIS NOTÍCIAS DO CANAL