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Defesa dos animais Extermínio de gatos choca moradores do Conjunto Beira Mar, no Janga Sete gatinhos foram encontrados mortos no estacionamento do habitacional

Por: Adaíra Sene

Publicado em: 25/05/2015 21:26 Atualizado em: 25/05/2015 21:43

Animais foram encontrados mortos na manhã do sábado. Foto: Sonia Cordeiro/Cortesia
Animais foram encontrados mortos na manhã do sábado. Foto: Sonia Cordeiro/Cortesia
Um verdadeiro extermínio de gatos aconteceu neste fim de semana no Conjunto Beira Mar, no Janga, no Paulista. Sete gatinhos que haviam sido resgatados das ruas, todos castrados e vermifugados, foram envenenados durante a madrugada do sábado e encontrados mortos em diversos pontos do habitacional pela manhã. Caídos em poças de lama ou pela garagem, os bichinhos foram vítimas de mais uma demonstração de ódio aos animais. 

A dona, uma das moradoras do conjunto, contou que "herdou" alguns gatinhos de um antigo morador que morreu e a família se recusou a continuar com os bichinhos. "Na sexta, estava tudo bem. Eles estavam brincando e felizes. Quando amanheceu, boa parte já estava morta. Doze ficavam na garagem, só sobreviveram cinco", desabafou dona Maria José Ferreira, de 60 anos, mais conhecida como Zeza, a protetora dos animais. 

Não foi a primeira vez que atentaram contra a vida dos gatinhos do Beira Mar. Há 15 dias, três filhotes de uma das gatas que foi envenenada no fim de semana foram atropelados. "Duas cachorras de rua também ficavam por lá. Tratei de todas, dava comida e castrei. Jogaram veneno e por pouco elas não morrem. Hoje, dormem na minha casa. Ela e meus outros seis gatos. É mais seguro", continuou dona Zeza.

De acordo com ela, muitos moradores já chegaram a se queixar sobre a presença dos animais, mas não há nenhuma convenção de condomínio que proíba a permanência deles na área comum dos prédios. "Muita gente não gosta, eu sei disso. Alguns já reclamaram, mas não temos muito o que fazer. Já procurei diversas ONGs, mas ninguém quer adotar animais crescidos e nunca existem vagas em abrigos. Eu não tenho coragem de cuidar e jogar na rua depois de tanta luta para eles sobreviverem. Tenho o maior cuidado do mundo, não é justo", disse dona Zeza.

Os interessados em adotar um dos gatinhos sobreviventes podem entrar em contato com dona Zeza através do número (81) 3436-9616. A protetora informou que não procurou a polícia para denunciar por não ter provas. "Todos os dias vemos filmagens de gente que maltrata e mata os bichos e não acontece nada. Minha preocupação agora é só conseguir um lar para eles", concluiu.



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