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Diario Urbano Edifícios inacabados podem contribuir para melhorar qualidade de vida da cidade

Por: Jailson da Paz

Publicado em: 12/05/2015 08:20 Atualizado em:

Ao me deparar pela primeira vez com o antigo Cine Veneza, em meados dos anos 1980, fiquei surpreso como uma casa de entretenimento daquele tipo poderia sobreviver abaixo de um grande esqueleto de concreto. O cinema, então uma das referências da sétima arte na capital, era prova de que a paisagem urbana recifense poderia mudar. E para melhor. Na época, muita gente não acreditava nessa possibilidade e vislumbrava apenas o aumento da degradação do prédio. Passados quase 30 anos, o imóvel continua inacabado, embora o cinza do concreto cedeu para as cores fortes. Ficou para trás a descrença relativa à possibilidade de requalificação do edifício da Rua do Hospício, na Boa Vista. Dessa experiência, o Recife pode tirar ensinamentos. Tanto o poder público municipal, que age acertamente ao listar os esqueletos e a cobrar saídas construtivas aos responsáveis por eles, quanto a iniciativa privada. Essa deve enxergar o problema dos edifícios inacabados como oportunidade de contribuir para a melhoria da qualidade de vida em uma cidade cada vez mais verticalizada, quente e com um alto déficit habitacional.

Esquecidos
A cultura dos celulares fez do Brasil um país que deu às costas para os orelhões, como vemos no Morro da Conceição e no Córrego do Euclides. Nessas comunidades da Zona Norte do Recife, os equipamentos foram abandonados. Ao contrário do Brasil, países europeus e latino-americanos preservam os orelhões.

Meio da canela

O matagal passa de meio metro em alguns pontos do bairro do Ipsep. Nas ruas Silveira Neto, em frente à Praça da Sudene, e Cruz e Souza, por exemplo. O capim em ambas faria a festa de cavalos, bois e carneiros. Dá gosto ver tanto verde, que ocupa calçadas dos prédios e o meio-fio.

No grito

Ou a CBTU controla os ambulantes no metrô ou os usuários terão que lidar, a qualquer momento, com uma tragédia. Vendedores se confrontam, aos gritos, para garantir o melhor lugar na Estação Recife. Foi assim ontem, quando uma multidão descia de trens vindos das linhas Centro e Sul.

Faixa proibida

Embora o uso seja proibido, automóveis invadem frequentemente o corredor exclusivo de ônibus na PE-15, em Olinda e Paulista. Os motoristas, pelo número de flagrantes, parecem ter predileção para infrigir as regras do trânsito entre os terminais integrados PE-15 e Pelópidas da Silveira.

Distante

Com sinais do parto, uma grávida se desesperou ontem, na Maternidade Barros Lima, na Encruzilhada, ao ouvir que seria levada para uma maternidade de Nazaré da Mata, a 62 quilômetros do Recife, ou uma de Palmares, a 118 quilômetros. Leitos da Barros Lima estavam ocupados. Haja distância.

Adeus no interior

São José do Belmonte, no Sertão, deve parar hoje para o sepultamento das quatro vítimas do acidente automobilístico ocorrido no domingo. Todos são da mesma família: os irmãos Jennifer e John Carvalho, 27 e 32 anos, o marido de Jennifer, Isaac Souza, 22, e o sobrinho de John e Jennifer, Pedro Miguel, 3.

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