Camelô Situação do comércio informal de Recife é discutida em audiência pública O encontro foi marcado pela insatisfação dos ambulantes

Publicado em: 01/04/2015 22:04 Atualizado em: 01/04/2015 22:25

Ambulantes e representantes do governo se reuniram, nesta quarta-feira (1º), em uma audiência pública organizada na Câmara Municipal do Recife para discutir a situação do comércio informal no Recife. O encontro foi motivado pela insatisfação gerada, principalmente, após a retirada dos vendedores ambulantes da Avenida Conde da Boa Vista.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Comércio Informal do Recife (Sintrac), Severino Souto Alves, reclamou sobre a falta de dialogo entre a categoria e a Prefeitura do Recife. O sindicalista ainda apresentou queixas sobre a forma como o cadastramento dos ambulantes do centro foi realizado. “Não houve critério nem tempo para se fazer esse cadastramento”, afirmou. Outra preocupação exposta na reunião foi a falta de novos locais para os vendedores trabalharem.

Em resposta aos questionamentos, o secretário de Mobilidade e Controle Urbano do Recife, João Braga, explicou que a PCR já estava trabalhando na desapropriação de terrenos e reforma de espaços para a criação e qualificação de sete centros de comércio popular. Afirmou, ainda, que previsão é de que todos os ambulantes cadastrados no centro sejam levados para os centros de comércio populares a partir deste ano. O secretário também garantiu que mais dois terrenos serão desapropriados na Avenida Dantas Barreto, no centro da cidade, com previsão para 2016. “A obra atrasou por falta de recursos, mas entregaremos ainda este ano”, disse. Por fim, João Braga afirmou que a cadastramento dos ambulantes, outro quesito questionado, está sendo realizado com transparência. De acordo com o secretário, as fraudes que acontecem são por parte dos próprios camelôs, que tentam repassar o cadastro.

Além de Severino Souto Alves e de João Braga, ainda participaram do debate o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Carlos Veras; o  advogado Rodrigo Rafael, do Movimento Direitos Urbanos; a representante do Coletivo Lutas Comunitárias, Luciana Mendonça; o articulador regional da Rede Nacional de Advogados Populares, André Barreto; a advogada do Centro Popular de Direitos Humanos, Luciana Varejão. A gerente do Sistema Único de Assistência Social da secretaria de Direitos Humanos da Prefeitura do Recife, Margarida Soares, que representou a secretária Ana Rita Suassuna, também compareceu à audiência pública, além dos vereadores Marco Aurélio Medeiros (SD) e Luiz Eustáquio (PT).


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