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Justiça Acusados de matar promotor vão a júri popular Quatro homens sentarão no banco dos réus acusados de envolvimento na morte de Thiago Faria, em outubro de 2013.

Publicado em: 20/04/2015 15:35 Atualizado em: 20/04/2015 21:25

Após quase dois anos do assassinato do promotor de Justiça Thiago Faria e depois da prisão de quatro suspeitos detidos por envolvimento no caso, o Juízo da 36ª Vara Federal decidiu, na última sexta-feira (17), que o caso vai para júri popular. José Maria Pedro Rosendo Barbosa, apontado como mandante do crime, José Maria Domingos Cavalcante, Adeildo Ferreira dos Santos e José Marisvaldo Vitor da Silva sentarão no banco dos réus, mas ainda não há data definida para o julgamento. Apenas um acusado de homicídio ainda não foi preso, Antônio Cavalcante Filho.

Os quatro serão julgados por homicídio doloso e pela tentativa de homicídio contra Misheva Freire Ferrão Martins, noiva da vítima, e Adauto Martins, tio da mulher, que estava com o casal quando houve o assassinato.
 
Nesta segunda-feira (20),começou o prazo para oferecimento de recurso, podendo a acusação e/ou a defesa recorrer da decisão junto ao Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5).

Relembre o caso
O promotor Thiago Faria Soares foi assassinado, no dia 14 de outubro de 2013, durante uma emboscada. Ele estava acompanhado da noiva e do tio dela em seu carro quando, ao passar pela PE-300, entre os municípios de Águas Belas e Itaíba, foi perseguido pelos suspeitos. O homem que estava no banco de trás do veículo que o seguia atirou com uma espingarda calibre 12. O tiro atingiu o promotor. Mysheva saiu do carro e se protegeu em um barranco. O tio dela também desceu do veículo e fugiu pelo acostamento.

Os atiradores voltaram e atiraram outras três vezes no promotor antes de deixar o local. Mysheva e o tio escaparam ilesos. Durante as investigações, foi constatado que o fazendeiro José Maria Pedro seria o mandante do crime e a disputa por terras seria a motivação.

Histórico jurídico
A pedido do procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, o caso foi federalizado em 13 de agosto de 2014. Por determinação do Superior Tribunal de Justiça , a investigação da morte do promotor Thiago Faria Soares passou a ser de responsabilidade da Polícia Federal, sendo o inquérito distribuído à 36ª Vara Federal de Pernambuco. Em 15 de janeiro deste ano, o Juízo da 36ª Vara Federal em Pernambuco recebeu a denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal relacionada ao assassinato do promotor de justiça e o inquérito policial virou ação penal. De 24 a 27 de março deste ano, a audiência de instrução foi realizada na 36ª Vara, tendo sido ouvidas 34 testemunhas – sendo 16 arroladas pela acusação e 18 pela defesa – e as duas vítimas (a advogada Mysheva Martins Ferrão e o tia dela, Adautivo Elias Martins). No mesmo  período, também foi realizado o interrogatório dos quatro réus.

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