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Contra a seca Governo do Estado quer transpor água do Rio Capibaribe Membros da Compesa têm reuniões nesta quarta e quinta com técnicos do Ministério da Integração para tentar captar recursos

Por: Larissa Rodrigues - Diario de Pernambuco

Publicado em: 24/02/2015 22:22 Atualizado em: 24/02/2015 22:58

Governo do Estado quer recursos para acelerar obra da Adutora do Agreste que, totalmente concluída, beneficiará 68 municípios (Compesa/Divulgacao)
Governo do Estado quer recursos para acelerar obra da Adutora do Agreste que, totalmente concluída, beneficiará 68 municípios
Pernambuco começa, nesta quarta-feira (24), a tentativa de captar recursos do Governo Federal para solucionar os problemas do fornecimento de água do estado. Membros da Compesa viajam a Brasília para dois dias de reuniões com técnicos do Ministério da Integração.

O presidente do órgão, Roberto Tavares, esteve reunido, na noite desta terça (24), com o governador Paulo Câmara (PSB) e definiu as prioridades que devem ser defendidas diante da equipe técnica do ministério.

O objetivo do estado é obter verba para novos projetos na Região Metropolitana, Agreste e Sertão, além de investimentos para acelerar obras que estão em curso.

Região Metropolitana -
a prioridade máxima, segundo Tavares, é a transposição do Rio Capibaribe para o Sistema Botafogo, que hoje depende só das chuvas. Por ser uma obra de pouca complexidade, está orçada em aproximadamente R$ 30 milhões. A água seria retirada na parte do manancial que fica depois de Carpina, na Mata Norte.

O estado também vai pleitear a construção de duas novas barragens, a do Engenho Pereira, em Moreno, e a do Engenho Maranhão, em Ipojuca. “Vou apresentar o projeto completo, com adutoras para integrar o sistema metropolitano. Para ajudar a defender as medidas, vamos levar uma equipe de 10 engenheiros”, afirmou Tavares.

Agreste -
o estado vai apresentar a construção da Adutora Moxotó Arcoverde. A obra pegaria água na transposição do Rio São Francisco, na barragem de Moxotó, e deixaria primeiro em Arcoverde, depois levaria para o sistema integrado do Agreste. A outra construção seria a da Adutora da Barragem de Serro Azul, que seria integrada ao sistema de Caruaru e região.

Sertão -
a prioridade é a construção de adutoras para Triunfo e Santa Cruz da Baixa Verde, além do reforço da Adutora do Oeste.

Agilidade - Acelerar as obras já iniciadas é fundamental para o plano do governo do estado. Segundo Roberto Tavares, a ideia é fazer um pacto de liberação de recursos com o governo federal para dar ritmo a obras como a Adutora do Agreste. “Essa está orçada em R$ 1,3 bilhão e já executamos R$ 450 milhões. Falta executar R$ 800 milhões. Temos 250 quilômetros de tubos já instalados, mas o ritmo está lento”, comentou o presidente da Compesa. No projeto total, 68 municípios seriam beneficiados.

Volume morto - Semana passada, a Compesa anunciu que a Barragem de Botafogo, em Igarassu, está com apenas 16% da sua capacidade em função da pior seca dos últimos 50 anos. A companhia informou que, caso não chova nos próximos 30 dias, terá que fazer uso do volume morto.



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