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OMS aponta os agentes patogênicos com necessidade urgente de vacinas
Segundo a organização, o desenvolvimento de vacinas contra estes 17 agentes patogênicos se encontra em diferentes fasesPublicado em: 06/11/2024 16:18
Lista publicada pela OMS contém 17 agentes patogênicos (foto: ChristIan Charisius/AFP Leia mais em: https://veja.abril.com.br/saude/brasileiros-investigam-bacteria-causadora-de-infeccao-em-hospitalizados) |
A Organização Mundial de Saúde (OMS) publicou pela primeira vez uma lista de 17 agentes patogênicos, que são urgentemente necessários o desenvolvimento de vacinas. "Estamos divulgando porque gostaríamos que o desenvolvimento de vacinas deixasse de estar focado no rendimento comercial e passasse a estar centrado nas necessidades de saúde regionais e globais", destacou Mateusz Hasso-Agopsowicz, especialista em vacinas da OMS.
“Este é o primeiro esforço global para dar prioridade aos agentes patogênicos endêmicos com base em critérios que incluem a carga regional de doença, o risco de resistência antimicrobiana e o impacto socioeconômico. Estas vacinas reduziriam significativamente as doenças que hoje afetam fortemente as comunidades, mas também os custos médicos enfrentados pelas famílias e pelos sistemas de saúde", ressaltou Kate O'Brien, diretora do departamento de vacinação da OMS.
Segundo a OMS, o desenvolvimento de vacinas contra estes 17 agentes patogênicos se encontra em diferentes fases, estando algumas ainda em fase de investigação, como a da hepatite C, enquanto outras estão próximas de serem aprovadas pelas autoridades, para serem objeto de recomendação política ou ser introduzido nos mercados, como no caso do vírus da dengue.
A OMS também priorizou as de longa data para a investigação e desenvolvimento em vacinas, como a contra o HIV, malária e tuberculose, que são três doenças que juntas matam quase 2,5 milhões de pessoas todos os anos em todo o mundo. A OMS destacou ainda os agentes patogênicos como o estreptococo do grupo A, que causa infecções graves e é responsável por milhares de mortes anualmente, principalmente nos países menos industrializados.
"Outro exemplo entre as novas prioridades é a Klebsiella pneumoniae, uma bactéria associada a 790 mil mortes em 2019 e responsável por 40% das mortes neonatais devido a infecções sanguíneas (septicemia) em países mais pobres. Mas, o que geralmente aconteceu no passado é que a investigação e o desenvolvimento de vacinas foram influenciados pela relação custo-eficácia das novas vacinas. Isto significa que as doenças que afetam gravemente as áreas de baixos rendimentos, infelizmente, recebem muito menos atenção", declarou O'Brien.
Hasso-Agopsowicz acrescentou e enfatizou que todos os 17 agentes patogênicos citados na lista afetam, sobretudo os países que apresentam baixo desenvolvimento econômico e social.
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